ELEIÇÕES 2020
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
"Não tem nada a ver com a eleição nacional. É uma
vitória da política, e o Bolsonaro sempre fez política. Não tem nenhuma
relação com a eleição nacional, é uma vitória daqueles que fazem
política e administram com qualidade, e o Eduardo Paes representa isso
pra gente. É a vitória do Rio de Janeiro. Tínhamos um prefeito que não
cuidou da cidade, teremos um prefeito que sempre cuidou e vai continuar
cuidando", afirmou Maia, que após a apuração dos votos acompanhou Paes
em uma entrevista coletiva concedida em um hotel de São Conrado (Zona
Sul).
Para o parlamentar, a eleição presidencial "ainda está
muito longe" e "tem pouca relação" com a eleição municipal: "Apenas uma
vinculação de vereadores com a eleição de deputados. O resto é uma
questão de construção política para cada um dos campos políticos do
Brasil."
Maia disse que, a partir desta segunda-feira (30),
espera que o governo federal encaminhe questões relativas ao orçamento
para 2021. "Nós temos um problema grande, uma operação difícil de ser
construída, que é manter o orçamento dentro do teto de gastos, (isso)
depende muito do governo. Eu espero que o governo amanhã mostre à
sociedade a sua coragem, a sua capacidade de enfrentar os problemas. A
Câmara está pronta para isso, mas depende do Senado, que essa matéria
será votada primeiro no Senado. A gente precisa cortar despesas para
poder aprovar o orçamento. Isso no dia de amanhã parece desgastante, mas
a partir de dois, três meses é o correto para o Brasil", afirmou o
deputado.
"O governo precisa mostrar onde vai cortar. Se nós não
cortarmos na indexação das aposentadorias, se não cortarmos em
benefícios para servidores, se não mudarmos o abono salarial para outro
programa, seguro defeso, todos programas difíceis de serem acabados, nós
vamos ter dificuldade de aprovar o orçamento. O teto vai ser garantido
com essas mudanças", seguiu Maia. Segundo ele, até o final do ano deve
ser votado o projeto que concede autonomia ao Banco Central: "A Câmara
está madura para isso, depende do diálogo", afirmou.
Questionado
sobre a hipótese de sua reeleição ao cargo de presidente da Câmara, Maia
foi enfático: "A Constituição hoje não permite".
(Por Estadão Conteúdo)
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