quinta-feira, 26 de novembro de 2020

PF deflagra nova fase da Lava Jato e cumpre mandados no Rio de Janeiro. Investigações apontam que o alvo desta operação recebeu cerca de R$ 2 milhões, entre 2009 e 2015, em propina

 CORRUPÇÃOPolícia Federal deflagra mais uma fase da Lava Jato no Rio - Cléber Mendes/ Arquivo

 Polícia Federal deflagra mais uma fase da Lava Jato no Rio

Rio - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (26) a 78ª fase da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção dentro da diretoria de Abastecimento da Petrobras. Na Operação Sem Limites V são cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis e Araruama. 

As medidas buscam aprofundar as investigações acerca de práticas criminosas cometidas na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, especificamente na Gerência Executiva de Marketing e Comercialização.

O investigado, ex-funcionário da empresa, já foi alvo de medidas judiciais na 57ª fase da Operação Lava Jato e, por ocasião do avanço das investigações, é novamente objeto de mandados de busca e apreensão. 

 As apurações foram iniciadas após a deflagração da 57ª fase da Operação Lava Jato, que teve por objetivo o cumprimento de prisões e buscas e apreensões de integrantes de organização criminosa responsáveis pela prática de crimes envolvendo a negociação de óleos combustíveis e outros derivados entre a estatal e trading companies estrangeiras.

Após o cumprimento das medidas no final de 2018 e o oferecimento de acusações criminais, executivos ligados a empresa estrangeira investigada celebraram acordos de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.

Segundo investigações da Polícia Federal, o alvo de hoje teria recebido cerca de US$ 2,2 milhões, entre 2009 e 2015, para favorecer a trading company em negociações de compra de combustíveis marítimos fornecidos pela Petrobras.

As vantagens indevidas seriam recebidas em espécie no Brasil e, na sequência, repartidas pelo investigado com outros então funcionários da estatal integrantes do esquema criminoso.

Existem ainda indícios de que outras empresas estrangeiras também teriam pago vantagens indevidas ao ex-agente público relacionadas a operações de compra e venda de combustíveis marítimos com a estatal brasileira.

Os investigados responderão pela prática, dentre outros, dos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e de lavagem de dinheiro. 



(Por O Dia)

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