As revelações detonam a versão de Dilma Rousseff de que jamais tratou de dinheiro clandestino “com quem quer que seja”. Odebrecht rememorou o encontro com a então presidente durante viagem ao México, no qual lhe avisou que a Lava Jato podia chegar ao dinheiro “contaminado” que vinha de uma off-shore da empreiteira. No caso de Temer, o impacto é menos intenso, mas, por estar no auge do seu poder político, as consequências tendem a ser mais relevantes. Odebrecht deu elementos suficientes para o ministro Herman Benjamim, do Tribunal Superior Eleitoral, pedir a cassação da chapa vitoriosa em 2014. Para complicar, Lúcio Funaro, conhecido operador financeiro que atuava para o PMDB, envia recados ameaçadores ao Palácio. “Se eu quiser, eu destruo o Temer”, já disse ele a mais de um interlocutor. A VEJA, ele confirmou que esteve com José Yunes, amigo de Temer, quando lhe entregou um pacote, e com o próprio presidente. “Já estive com ele (Temer), já falei, mas não me lembro do contexto.”
( Rodrigo Rangel, Daniel Pereira e Thiago Bronzatto/Veja.com)
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