
Ministro da Economia, Paulo Guedes - Tânia Rêgo / Agência Brasil
Apesar de uma ala do Parlamento, em Brasília,
defender fortemente a redução salarial de servidores do país para
garantir mais recursos públicos durante a pandemia do novo coronavírus, o
ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstrou ser contrário a essa
medida. Guedes, que sempre discursou favorável à austeridade para o
funcionalismo, disse no último sábado, em conferência com a XP
Investimentos, não ver sentido em cortar remunerações nesse momento.
Para ele, o caminho é apenas congelar reajustes por dois ou três anos.
"Já que o setor privado foi para o desemprego, foi
para o auxílio emergencial, o funcionário público que está em casa, no
isolamento, recebendo salário integral, então, pelo menos contribua com o
Brasil. Quebra essa espiral de aumentos pelo menos dois, três anos",
afirmou Guedes.
As alegações dos parlamentares são de que há
necessidade de destinar mais verbas para a Saúde e os trabalhos de
enfrentamento e prevenção à disseminação da Covid-19.
Maia, porém, recuou depois de conversar com o
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Tofolli. O
magistrado comunicou a integrantes da Frentas (Frente Frente Associativa
da Magistratura e do Ministério Público), que reúne 40 mil juízes e
membros do Ministério Público em todo o país, de que o presidente da
Câmara firmou compromisso do Parlamento em não levar essa ideia adiante.
Mas, ainda assim, o corte salarial seguiu sendo defendido por diversos parlamentares.
(Por:Paloma Savedra/O Dia)
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