segunda-feira, 27 de julho de 2020

Coronavírus: Imagens mostram aglomeração de pessoas na praia da Pipa. Caso foi registrado na noite do sábado (25) na Rua Baía dos Golfinhos. Prefeitura de Tibau do Sul, no litoral potiguar, afirma que poderá decretar "toque de recolher".

AGLOMERAÇÃO
 Moradores de Pipa flagraram aglomeração de pessoas na noite de sábado (25) em Pipa, RN. — Foto: Cedida
 Moradores de Pipa flagraram aglomeração de pessoas na noite de sábado (25) em Pipa, RN. — Foto: Cedida 

Uma aglomeração de pessoas foi registrada na noite deste sábado (25) na praia de Pipa, em Tibau do Sul, no litoral potiguar. Imagens feitas por moradores por volta das 23h mostram uma intensa movimentação na rua Baía dos Golfinhos - uma das principais vias turísticas da região. Algumas das pessoas, a maioria jovens, sequer usam máscaras. O caso foi confirmado pela prefeitura do município. Bares e restaurantes estão abertos na região. 

As cenas foram feitas no primeiro fim de semana após o governo anunciar parceria com 23 municípios do litoral do estado para reforçar fiscalizações nas praias, por causa das aglomerações registradas no fim de semana anterior. Embora registre queda nas internações pela Covid-19 e esteja seguindo um plano de reabertura econômica, o Estado teme que as aglomerações gerem uma segunda onda da pandemia do coronavírus.  

A Prefeitura de Tibau do Sul lamentou a aglomeração e afirmou que poderá decretar "toque de recolher" no distrito turístico - um dos mais famosos do estado. Segundo a administração, o município vem realizando fiscalizações nas praias, hotéis, bares, restaurantes e nas ruas sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras, e inclusive nos transportes turísticos da região. 

Porém, a prefeitura considerou que há necessidade de "atuação da Polícia Militar para uma ação ostensiva em aglomerações". No caso da fiscalização para o uso de máscaras, os agentes públicos municipais precisariam de proteção policial para garantir a integridade física.  

"Essa questão da aglomeração nas ruas de Pipa é uma questão da segurança pública. O nosso município já vem realizando uma fiscalização constante por toda a cadeia do setor produtivo. Hoje mesmo eu já comuniquei ao Chefe da Casa Civil do Governo do Estado e o próximo passo é comunicar ao Secretário de Segurança do Estado para que Tibau do Sul passe a contar com um reforço extra nos finais de semana. Na segunda-feira, me reúno com o nosso Gabinete de Crise e vamos discutir o toque de recolher no Destino Turístico. Essas são as primeiras medidas porque infelizmente a Prefeitura de Tibau do Sul não tem o poder de polícia para colocar o povo para casa", afirmou o prefeito, Modesto Macedo. 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado afirmou que está à disposição de todos os municípios para ações conjuntas de fiscalização dos decretos e que esteve presente na última sexta (24) em operação articulada com o município de Tibau do Sul. "No sábado (25), não houve solicitação de apoio das forças de Segurança Pública para nenhuma ação. Na tarde deste domingo (26), a Sesed recebeu uma solicitação para auxiliar as ações em Pipa no período da noite. Assim como também foram convidadas as forças de Segurança estaduais para uma reunião com a Prefeitura de Tibau, na tarde desta segunda (27), na Câmara Municipal", pontuou.  

"É importante salientar que as polícias Militar e Civil, assim como o Corpo de Bombeiros, atuam para auxiliar o cumprimento dos decretos municipais, que devem ser fiscalizados por agentes das prefeituras", acrescentou a Sesed. 

Liberação

Em decreto, o município de Tibau do Sul liberou abertura dos bares, restaurantes, hotéis demais estabelecimentos comerciais do município a partir do dia 8 de julho, com funcionamento reduzido a 50% da capacidade de atendimento.  

Questionado se a liberação não teria provocado cenas como a registrada, o município considerou que se todos respeitarem as normas do decreto, "não tem como gerar aglomerações". 

 Segundo a prefeitura, o não cumprimento das medidas de distanciamento e uso de máscara acarreta em multa que pode variar de R$ 300 a R$ 3.000. A prefeitura ainda não descarta a possibilidade de medidas como "toque de recolher" ou novo "fechamento do município".

 

 (Por Igor Jácome, G1 RN)

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