segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Polícia e TRE investigam envolvimento de 13 candidatos a vereador e um a prefeito com milícias. Apesar dos casos de violência, governo dispensa ajuda de forças federais

 ELEIÇÕES NO RIO DE JANEIRO

 Carro de candidato a vereador de Duque de Caxias é atingido por tiros - Reprodução Facebook

 Carro de candidato a vereador de Duque de Caxias é atingido por tiros

Rio - Apesar dos casos de assassinatos ou ataques a candidatos a vereador no estado e do crescente aumento de denúncias de currais eleitorais criados por traficantes e milicianos, o Governo do Rio não pretende pedir o auxílio das forças especiais federais para as eleições de 2020. A decisão foi confirmada em nota.
 
"O Governo do Estado do Rio de Janeiro se manifestou ao TRE informando que a segurança e organização das eleições municipais serão garantidas com a atuação das polícias Civil e Militar, de forma competente e suficiente, não sendo necessário o auxílio das forças especiais federais", diz nota.
 
O texto ainda reforça a parceria da Secretaria de Estado de Polícia Civil com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) na investigação de 13 candidatos a vereador e um a prefeito "que teriam ligação com as milícias e exclusividade em atuação em áreas dominadas por organizações criminosas. Seis já prestaram depoimento."

No período de um pouco mais de um mês, há vários casos de violência envolvendo candidatos. Em 1º de outubro, Mauro Miranda da Rocha (PTC) foi morto a tiros no Bairro Rancho Fundo. No dia 10 do mesmo mês, Domingos Barbosa Cabral (DEM) também foi morto no bairro do Cabuçu. Ambos se candidataram em Nova Iguaçu e há suspeita de influência da milícia e de crime político.
 
Em 31 de outubro, a cabo eleitoral da família Cozzolino, em Magé, Renata Castro foi assassinada na porta de casa. Ela vinha denunciando um vereador da região e a ex-secretária de saúde do município. 

Já na capital, a Delegacia de Homicídios (DH) apura o ataque ao vereador Zico Bacana (Podemos), que levou um tiro de raspão na cabeça no dia 2 de novembro, no bairro Ricardo de Albuquerque. A principal suspeita é uma disputa entre traficantes e milicianos pelo controle do bairro de Anchieta, na Zona Norte do Rio.
 
No dia 4 de novembro, o candidato a vereador em Paraty Valmir Tenório (PT) foi morto a tiros no bairro Mangueira. Um suspeito foi preso pelo crime.  
 
No dia anterior, foi a candidata a vereadora do Rio Simone Sartório (Patriota) que denunciou ter o carro atingido por um tiro enquanto passava por Bento Ribeiro, na Zona Norte. Segundo a Polícia Militar, a empresária relatou ter sido perseguida por um carro suspeito, que realizou uma tentativa de abordagem.

Neste sábado, o candidato a vereador em Duque de Caxias, Erick Saboia (Republicanos) sofreu um ataque de criminosos na noite de sábado, na altura da Reduc, na Rodovia Washington Luís. Ele diz que tentaram o calar, mas a PM informou que a ocorrência foi uma tentativa de assalto.
 
 
 
(Por:O Dia)

Nenhum comentário:

Postar um comentário