terça-feira, 28 de abril de 2015

Rogério garante: PSDB vai pedir oficialmente o impeachment da presidente Dilma. Deputado federal confirma posicionamento da bancada tucana e que a presidente comente estelionato eleitoral

NEM QUE A VACA TUSSA
 
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Por decisão da ampla maioria dos membros de sua bancada na Câmara dos Deputados, o PSDB protocolará, esta semana, o pedido oficial de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Quem confirma é o deputado federal Rogério Marinho, presidente de honra da legenda no Rio Grande do Norte. O parlamentar esteve presente na última sexta-feira na reunião da bancada tucana, em Brasília, quando foi tomada a posição.

“A questão do pedido de impeachment é uma decisão que cabe aos deputados federais do partido, e no PSDB esta decisão favorável ao processo foi tomada por quase todos os membros da bancada. Há um sentimento generalizado de indignação. Ninguém aguenta mais o estelionato eleitoral que acabou desmoralizado após as eleições”, disse Rogério Marinho durante entrevista concedida a 96 FM nesta segunda-feira.

As teses que serão utilizadas pelos tucanos para argumentar o pedido de impeachment são variadas. A principal delas é mesmo a questão da “pedalada fiscal”, como ficou conhecida a artimanha utilizada pela presidente com o intuito de maquiar as contas públicas. Segundo Rogério Marinho, o Tribunal de Contas da União (TCU) já destacou que Dilma pode ter comedido crime de responsabilidade de fiscal.

Entre 2012 e 2014, o Tesouro Nacional empurrou para os bancos públicos – Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BB) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – despesas de R$ 40,3 bilhões com programas sociais e de apoio à agricultura e à indústria. No entendimento do TCU, as instituições emprestaram recursos para o governo, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Outro ponto que deverá ser incluído no pedido de impeachment são as denúncias em torno do Petrolão. Conforme o balanço oficial divulgado pela Petrobras, a empresa teve um prejuízo de R$ 6 bilhões exclusivamente devido a corrupção. Os desvios ocorreram durante o período em que Dilma era presidente do conselho da estatal, ministra das Minas e Energia e, posteriormente, chefe da Casa Civil do governo Lula da Silva.

Rogério revelou ainda que o líder do PSDB na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio (SP), se reunirá com o senador Aécio Neves, presidente nacional do partido, nesta terça-feira (28), quando apresentará a decisão tomada pela bancada tucana. O pedido de impeachment deve ocorrer entre amanhã e quarta-feira (29).

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