CONCIENTIZAÇÃO & INCLUSÃO
Saúde e Educação são os pontos mais críticos. E a luta já começa na dificuldade do diagnóstico precoce, talvez por desconhecimento ou medo dos profissionais, e segue forte com a falta de tratamentos e terapias na rede pública de saúde. Sem falar no abalo emocional que a notícia traz para a família da criança. Na Educação, a inclusão escolar é o principal desafio. Muitas escolas não estão preparadas para receber o aluno com necessidades educacionais especiais, principalmente quando se trata de um caso de autismo, que envolve muitas questões e pode assustar por ser mais complexo.
A batalha foi grande até conseguir a aprovação da Lei 12.764/12 (“escrita em casa” por Berenice Piana), que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. “A grande luta agora é fazer que saia do papel, precisamos cobrar da sociedade e do poder público”, afirma.
A ativista parabenizou a união das mães de Natal, que em outubro de 2013 criaram o grupo “Corujas Batalhadoras”. Mais de 160 mães se comunicam diariamente, em dois grupos de WhatsApp e no Facebook. Elas trocam informações, pedem opiniões, comemoram conquistas, dão e recebem apoio; também levantam bandeiras como a caminhada pela conscientização sobre o autismo e criação de comissão de pais de alunos com necessidades educacionais especiais. “Natal era um papel em branco, mas vocês estão começando a escrever a história. Eu me sinto acolhida aqui e quero voltar”, afirmou Berenice, que pediu para participar do grupo de mães e foi prontamente atendida.
“A história dela é emocionante e trouxe muita motivação para todas as mães. É um exemplo que torna mais forte a nossa missão. O grupo ganhou novo fôlego e agora queremos lutar não só por nossos filhos, mas pela causa. A sociedade precisa respeitar as diferenças”, disse Viviane Rios, mãe do pequeno Gabriel.
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