A capital potiguar tem 42,68% de sua rede de esgoto em pleno
funcionamento. A constatação é de um diagnóstico da situação do
saneamento básico de Natal feito pela empresa Start Pesquisa e
Consultoria Técnica Ltda e apresentado em audiência pública na semana
passada. O estudo servirá de base para a elaboração do Plano Municipal
de Saneamento Básico (PMSB), regulamentada por Política Nacional, ainda
em 23 de dezembro de 2010, no Decreto de Lei nº 7.404. A partir de hoje
(19), a Prefeitura inicia a fase propositiva para o Plano, com consulta
pública na internet, para a população analisar e comentar o estudo. A
etapa deve ser concluída no final do mês de agosto, ainda sem data
oficial.
Adriano AbreuNo
entorno do Hospital Santa Catarina, via usada por funcionários e para o
deslocamento de pacientes em ambulâncias, tem lixo, água parada e
esgoto a céu aberto
De acordo com Albert Josuá Neto, secretário adjunto de Habitação do município e coordenador do conselho executivo do projeto, a etapa “servirá como eixo do que será executado futuramente”. A expectativa é que o plano seja concluído “até o mês de novembro”. Pelos dados apresentados no diagnóstico, os níveis mais preocupantes e que, segundo Albert, serão prioridades com a transformação do plano em Decreto de Lei, são os da Rede Geral de Esgoto nos bairros da capital potiguar, com foco, “principalmente”, na região Norte da cidade.
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A
zona Norte possui a menor cobertura de atendimento, com apenas 13,56%
do total, espalhados por sete regiões. Em áreas como os bairros Lagoa
Azul e Pajuçara, o percentual é mínimo, com 1,45% e 1,60%,
respectivamente. A soma média, inclusive, só ultrapassa os 13% em
virtude das estruturas instaladas em Igapó (52,42%) e Salinas (30,82%).
Apesar disso, no âmbito do abastecimento de água – 98,11% - e da coleta
de lixo – 97,83% - os índices são amplos, com certa eficiência e
qualidade à população.
Nas demais regiões, o retrospecto tímido se repete: a zona Sul encontra-se com 19,74% de esgotamento funcionando e a Oeste possui 48,20%. De todas as áreas administrativas de Natal, apenas a zona Leste apresenta índices favoráveis, com 89,23% de sua rede em plena atividade. Apesar disso, há alguns dados que podem ser destacados. O bairro de Areia Preta tem o melhor percentual da cidade, com 99,50% saneado. Contudo, o seu vizinho, Mãe Luíza, atinge 65,70%. Segundo Nadja Farias, engenheira civil e coordenadora da Start Consultoria, esta diferença ocorre pois algumas localidades “sofrem com dificuldades topográficas de acesso, que impedem a implementação de sistemas”. Ainda segundo a especialista, “muitas vezes, casos como estes, são decorrentes de ocupações indevidas”.
O relatório apresentou também números relacionados a óbitos infantis em virtude de doenças infecciosas intestinais, bacterianas, diarréias e gastroenterite. De acordo com registros do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), entre 2008 e 2012, 89 crianças – até cinco anos - morreram em decorrências destas mazelas. Quando acrescenta-se o restante da população a esta soma, no mesmo período, os valores atingem 959 casos.
Ainda de acordo com o levantamento, de forma mais detalhada, em Natal, nestes cinco anos, o número de pessoas acometidas por Doenças Diarreicas Agudas (DDA) foi superior à 151 mil. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as principais causas destas enfermidades estão relacionadas as deficiências na prestação de serviços de saneamento e higiene ambiental. Hoje, pouco mais de 30% de todos os domicílios tem acesso à rede geral de esgotamento sanitário. E, neste caso, de saúde pública, ter ou não ter acesso a uma água de qualidade e um bom de sistema de coleta e tratamento de esgotos é um grande diferencial.
Para Albert Josuá, os pontos de alagamentos na capital refletem neste retrospecto. “Hoje, temos 120 áreas que em dias de chuvas mais fortes causam transtornos para a cidade. Mas, tenho certeza que haverá uma queda muito grande em breve, com a conclusão da galeria no entorno da Arena. Essa redução também vai diminuir a incidência de doenças ligadas à água, como diarreia, Dengue e tantas outras”, pontuou.
Nas demais regiões, o retrospecto tímido se repete: a zona Sul encontra-se com 19,74% de esgotamento funcionando e a Oeste possui 48,20%. De todas as áreas administrativas de Natal, apenas a zona Leste apresenta índices favoráveis, com 89,23% de sua rede em plena atividade. Apesar disso, há alguns dados que podem ser destacados. O bairro de Areia Preta tem o melhor percentual da cidade, com 99,50% saneado. Contudo, o seu vizinho, Mãe Luíza, atinge 65,70%. Segundo Nadja Farias, engenheira civil e coordenadora da Start Consultoria, esta diferença ocorre pois algumas localidades “sofrem com dificuldades topográficas de acesso, que impedem a implementação de sistemas”. Ainda segundo a especialista, “muitas vezes, casos como estes, são decorrentes de ocupações indevidas”.
O relatório apresentou também números relacionados a óbitos infantis em virtude de doenças infecciosas intestinais, bacterianas, diarréias e gastroenterite. De acordo com registros do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), entre 2008 e 2012, 89 crianças – até cinco anos - morreram em decorrências destas mazelas. Quando acrescenta-se o restante da população a esta soma, no mesmo período, os valores atingem 959 casos.
Ainda de acordo com o levantamento, de forma mais detalhada, em Natal, nestes cinco anos, o número de pessoas acometidas por Doenças Diarreicas Agudas (DDA) foi superior à 151 mil. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as principais causas destas enfermidades estão relacionadas as deficiências na prestação de serviços de saneamento e higiene ambiental. Hoje, pouco mais de 30% de todos os domicílios tem acesso à rede geral de esgotamento sanitário. E, neste caso, de saúde pública, ter ou não ter acesso a uma água de qualidade e um bom de sistema de coleta e tratamento de esgotos é um grande diferencial.
Para Albert Josuá, os pontos de alagamentos na capital refletem neste retrospecto. “Hoje, temos 120 áreas que em dias de chuvas mais fortes causam transtornos para a cidade. Mas, tenho certeza que haverá uma queda muito grande em breve, com a conclusão da galeria no entorno da Arena. Essa redução também vai diminuir a incidência de doenças ligadas à água, como diarreia, Dengue e tantas outras”, pontuou.
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