Na Escola Estadual Professora Ana Júlia de Carvalho, em Nossa Senhora da Apresentação, os eleitores chegaram antes das 08h para evitar as filas
Na Escola Estadual Professora Ana Júlia de Carvalho Mousinho, no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, os primeiros eleitores começaram a organizar as filas ainda antes do início do horário oficial de votação. Às 7h40, já era possível observar diversas pessoas chegando à escola, onde votam mais de 4,3 mil eleitores, em 9 seções eleitorais. As filas começaram a se formar na frente das seções, no entanto, uma vez abertas, as pessoas votaram com tranquilidade e sem grandes demoras durante a manhã.
Foi o caso da jovem Williane Karoline, de 20 anos. Williane optou por chegar cedo à Escola para se ver livre, ainda pela manhã, da obrigação do voto. No primeiro turno, ela conta que não teve problemas com a espera, que foi curta, mas que resolveu se precaver para evitar perder mais tempo que o necessário. "Não tive problemas no primeiro turno, nem enfrentei grandes filas. Cheguei cedo apenas para não precisar perder muito tempo mais tarde", relata.
Não foi apenas para computar o voto na urna, no entanto, que as pessoas chegaram cedo aos colégios eleitorais. Na própria escola Ana Júlia, o número de pessoas que estavam justificando o voto pela manhã também era elevado, de acordo com os fiscais. A mesma situação aconteceu na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), onde era possível observar praticamente todas as mesas da praça de alimentação tomadas por pessoas preenchendo a ficha de justificação do voto.
De acordo com o representante do TRE que estava no local, Victor Gameleira, muitos dos eleitores que moram na capital não puderam viajar para o interior uma segunda vez para votar, o que explica, em parte, o grande número de justificativas. "Muitas pessoas não puderam viajar para o interior, mas muitas também esqueceram de mudar seu colégio eleitoral para um lugar mais próximo de suas casas na época do recadastramento, e agora não querem se deslocar para votar. É importante ressaltar que, nesse segundo caso, o voto não pode ser justificado", explica Victor. A justificativa do voto no dia da eleição é válida, apenas, caso o eleitor se encontre fora de seu domicílio eleitoral, ou seja, em outro município.
Macaíba
No
município de Macaíba, na região metropolitana de Natal, as tropas
federais, assim como em outras cidades do interior, ajudaram a reforçar a
segurança para garantir que a votação do segundo turno transcorresse
sem maiores problemas. Durante a manhã, a equipe de reportagem da
TRIBUNA DO NORTE viu diversos militares tanto nas avenidas principais,
fazendo uma vigilância ostensiva, como circulando pelos colégios
eleitorais.
Os militares afirmaram não estar autorizados a dar informações e
entrevistas, para não prejudicar o andamento da operação de segurança.
Em diversos colégios eleitorais, no entanto, a equipe constatou que as
votações transcorreram sem maiores problemas. Na maior parte das
escolas, sequer havia filas, como era o caso da Escola Estadual Arcelina
Fernandes.
“Vou votar no candidato que minha patroa indicou”
“Escolhi com base nas propostas para a saúde e educação”
Lá, praticamente o único movimento que havia era
de alguns eleitores conhecidos que, ao se encontrarem no local de
votação, paravam para conversar por alguns minutos na frente da escola.
Dentro do prédio, as seções estavam em sua maioria vazias. Na zona rural
da cidade, a expectativa dos mesários era de que, depois do almoço, os
eleitores fossem começar a chegar para votar, como foi o caso do
assentamento José Coelho da Silva, na Reta Tabajara, onde poucos dos 214
eleitores aptos de acordo com o TSE, já haviam votado até o meio-dia.
Personagens da eleição
Adeilma Cardoso
“Os afazeres não me permitiram viajar para votar”
“Os afazeres não me permitiram viajar para votar”
A dona de casa Adeilma Cardoso, de 46 anos, chegou cedo à zona
eleitoral da Escola Estadual Ana Júlia de Carvalho Mousinho. Ao invés de
votar, Adeilma tinha como objetivo justificar sua ausência na votação
em seu colégio eleitoral de origem, que fica na cidade de Currais Novos,
de onde é natural. De acordo com ela, os afazeres domésticos a
impediram de fazer a viagem para votar e por isso ela compareceu cedo ao
local para justificar. "Tinha muita coisa pra fazer em casa, os
afazeres não me permitiram viajar para votar. Resolvi vir cedo para
evitar as filas", relata Adeilma.
Nelma
“Vou votar no candidato que minha patroa indicou”
Não foram as propostas nem os planos de governo dos dois candidatos
que concorrem à presidência da República que definiram o voto de Nelma
Cândido de Andrade, de 31 anos. Moradora do assentamento rural José
Coelho da Silva, em Macaíba, Nelma conta que vai votar no candidato que
foi indicado pela da dona da granja onde trabalha como empregada
doméstica. "Vou votar no candidato que minha patroa mandou. Trabalho em
uma granja, aí minha patroa falou desse candidato e eu vou votar nele,
porque ela diz que ele vai ser bom para o país.", conta a mulher, que
foi votar acompanhada da filha.
Isdayanny
“Escolhi com base nas propostas para a saúde e educação”
Já estava mais próximo do fim da manhã e do início da tarde quando a
estudante de serviço social Isdayanny Marques, de 24 anos, se dirigiu à
sua seção de votação, na Escola Estadual Arcelina Fernandes, em Macaíba.
De acordo com a jovem, o principal critério de sua escolha foi com base
em sua ideologia política – Isdayanny declara-se de esquerda – e as
propostas dos candidatos para a saúde e a educação. “Escolhi o candidato
pela sua proposta e por minhas convicções. Não me atrai o modelo de
economia liberal proposto por um dos candidatos, portanto, não foi uma
escolha difícil”, afirma a jovem.
(TN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário