sábado, 28 de setembro de 2019

Moro já cogita compor chapa com Bolsonaro em 2022. Em entrevista, ministro disse que não pretende se candidatar à presidência e afirmou que, no máximo, será vice da chapa de Bolsonaro

BRASIL,  POLÍTICA
 Jair Bolsonaro e Sergio Moro podem formar chapa para as eleições presidenciais de 2022
 Jair Bolsonaro e Sergio Moro podem formar chapa para as eleições presidenciais de 2022 - Marcos Corrêa/PR - 29/8/19

Para quem achava que o ministro da Justiça, Sergio Moro, andava fraco, desprestigiado e fritado pelo presidente Jair Bolsonaro, acaba de ter uma grande decepção. Afinal, o ministro acaba de obter uma vitória no campo pessoal no governo. Bolsonaro concordou com os argumentos de Moro e manteve no cargo o delegado Maurício Valeixo, diretor-geral da PF. Havia um movimento para que Bolsonaro demitisse o delegado, o que enfraqueceria Moro. O clima de paz entre os dois pode ser constatado quando Moro e sua mulher Rosangela visitaram Bolsonaro e a esposa Michelle, quando ele ainda convalescia no hospital. Não se faz política com o intestino. Moro ganhou este round.

Chapa com Bolsonaro

Quem acha também que Moro aproveitará a boa popularidade no governo para se contrapor a Bolsonaro em 2022, vai quebrar a cara novamente. Moro disse à ISTOÉ que não pretende ser candidato a presidente da República e que o seu candidato é Bolsonaro. No máximo, ele pode ser vice do presidente.

Fundão eleitoral

Quando a Câmara parece que vai tomar jeito, lá vêm os deputados e aprovam mudanças na legislação eleitoral, o chamado fundão eleitoral, pra lá de indecorosas, imorais e vergonhosas. Com a complacência de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, os deputados aprovaram, na noite da quarta-feira 18, alterações permitindo que o fundo eleitoral, bancado por recursos públicos, possa pagar uma série de despesas indecentes. Aprovaram que o nosso dinheiro dos impostos possa pagar a compra de imóveis, como mansões, e móveis, como helicópteros, aviões e até carrões de luxo. Além do mais, o projeto prevê que os recursos podem ser aumentados de R$ 1,7 bi para R$ 3,7 bi. Pior: tudo para servir aos que mamam nas tetas dos partidos, muitos deles notadamente políticos desonestos.

Helicóptero

Esse é o caso de Eurípedes Junior, presidente do Pros, que comprou um helicóptero por R$ 2,4 milhões com o fundo partidário. Usa o aparelho para se deslocar de Planaltina de Goiás, onde mora, a Brasília. Sua filha chegou a gravar um vídeo sobrevoando o Lago de Paranoá. Comprou também um avião e uma mansão no Lago Sul por R$ 4,5 milhões.

Caixa dois

Essas compras escandalosas estavam proibidas pelo TSE, que as considerou ilegais. Agora, os deputados legalizam a patifaria. Além dos bens de luxo, os partidos podem pagar advogados e consultorias contábeis, abrindo brechas para o caixa dois. Podem pagar até multas eleitorais, tudo com dinheiro público. Um escárnio.

(Por iG) 

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