segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Dória diz que Bolsonaro ainda não respondeu carta dos governadores. Governador de São Paulo esteve com o governador do Rio, Wilson Witzel, neste domingo

BRASIL,  POLÍTICA
 Dória almoçou com Witzel neste domingo
 Dória almoçou com Witzel neste domingo - Rogério Santana / Governo do Estado RJ

Rio - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou que o presidente Jair Bolsonaro ainda não respondeu a carta enviada por 20 governadores brasileiros após o presidente acusar o governador da Bahia, Rui Costa (PT), pela morte do miliciano Adriano da Nóbrega. O governador almoçou neste domingo com o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), acompanhado dos ex-assessores da campanha de Bolsonaro, Paulo Marinho e Gustavo Bebiano.

Além do almoço com Witzel, onde tratou de outras questões como pacto federativo, turismo e segurança, o governador de São Paulo participou de mais dois eventos na capital fluminense: o campeonato de tênis Rio Open e o desfile das escolas de samba do Grupo Especial.

Segundo Doria, os governadores reunidos no Fórum recém-criado concordaram em esperar até depois do Carnaval para ter uma resposta à carta enviada por eles na semana passada na qual acusam Bolsonaro de dar declarações que ferem a democracia brasileira. Se a resposta não vier, porém, uma segunda carta poderá ser enviada. De acordo com Doria, "nunca os governadores estiveram tão unidos", e que isso seria responsabilidade das próprias declarações de Bolsonaro.

O grupo de governadores tem conversado diariamente por WhatsApp, segundo o governador paulista, que manifestou preocupação também com o que está ocorrendo no Ceará, onde policiais estão envolvidos em um motim que resultou em disparos contra o senador licenciado Cid Gomes. Doria afirmou que "miliciar a polícia tira a legitimidade da categoria e é uma afronta à Constituição".

"A situação do Ceará nos preocupa. Pensamos em fazer uma nova carta (a Bolsonaro), mas achamos melhor ouvir o presidente Bolsonaro sobre o que já formulamos", disse Doria, afirmando que se o presidente não responder os governadores vão provocá-lo novamente. "Não podemos desbalancear um equilíbrio que a sociedade tem com a polícia", afirmou.



(Por:Estadão Conteúdo)

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