BRASIL, POLÍTICA
Dória almoçou com Witzel neste domingo - Rogério Santana / Governo do Estado RJ
Rio - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou que o
presidente Jair Bolsonaro ainda não respondeu a carta enviada por 20
governadores brasileiros após o presidente acusar o governador da Bahia,
Rui Costa (PT), pela morte do miliciano Adriano da Nóbrega. O
governador almoçou neste domingo com o governador do Rio, Wilson Witzel
(PSC), acompanhado dos ex-assessores da campanha de Bolsonaro, Paulo
Marinho e Gustavo Bebiano.
Além do almoço com Witzel, onde tratou
de outras questões como pacto federativo, turismo e segurança, o
governador de São Paulo participou de mais dois eventos na capital
fluminense: o campeonato de tênis Rio Open e o desfile das escolas de
samba do Grupo Especial.
Segundo Doria, os governadores reunidos
no Fórum recém-criado concordaram em esperar até depois do Carnaval para
ter uma resposta à carta enviada por eles na semana passada na qual
acusam Bolsonaro de dar declarações que ferem a democracia brasileira.
Se a resposta não vier, porém, uma segunda carta poderá ser enviada. De
acordo com Doria, "nunca os governadores estiveram tão unidos", e que
isso seria responsabilidade das próprias declarações de Bolsonaro.
O
grupo de governadores tem conversado diariamente por WhatsApp, segundo o
governador paulista, que manifestou preocupação também com o que está
ocorrendo no Ceará, onde policiais estão envolvidos em um motim que
resultou em disparos contra o senador licenciado Cid Gomes. Doria
afirmou que "miliciar a polícia tira a legitimidade da categoria e é uma
afronta à Constituição".
"A situação do Ceará nos preocupa.
Pensamos em fazer uma nova carta (a Bolsonaro), mas achamos melhor ouvir
o presidente Bolsonaro sobre o que já formulamos", disse Doria,
afirmando que se o presidente não responder os governadores vão
provocá-lo novamente. "Não podemos desbalancear um equilíbrio que a
sociedade tem com a polícia", afirmou.
(Por:Estadão Conteúdo)
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