BRASIL, POLÍTICA
Para quem não sabe, em abril de 1993 ocorreu um plebiscito aqui no
Brasil. Os eleitores deveriam escolher qual o tipo de governo pretendiam
para o país (monarquia ou república), bem como qual o seu sistema
(parlamentarismo ou presidencialismo).
Foi escolhida a república,
sob o sistema presidencialista, e nunca, desde essa data, alguém em sã
consciência tinha colocado em dúvida o resultado do plebiscito, ou
conversado sobre a revisão desse assunto.
Pois agora, quase 27 anos depois, todos os sabotadores da Nação,
desde Rodrigo Maia e seus amigos do Congresso a Vera Magalhães e seus
colegas da mídia, passando ainda pelas hostes acadêmicas da
“intelligentsia”, ou de alguns ungidos do Supremo Tribunal Federal,
trazem a discussão, abertamente, da adoção do Parlamentarismo, ou de um
esdrúxulo “semi-presidencialismo”.
Sem previsão legal, sem
discussão com a sociedade, sem que nada seja feito para alterar o
resultado do plebiscito que escolheu a forma de governo
presidencialista, lá em 1993.
Aliás, o povo do início dos anos 90
rechaçou o parlamentarismo justamente por não confiar no Congresso
Nacional, composto por uma oligarquia perigosa, que atenta contra os
interesses da Nação. Do alto de sua sabedoria, o povo percebeu que seria
muito mais fácil participar politicamente dos rumos do país se ele
estivesse nas mãos de um Presidente da República eleito pelo voto
majoritário, investido da condição de Chefe de Governo.
A verdade é que a relativização de que tenho falado tanto passa, também e principalmente, pelas nossas instituições.
É
a “RELATIVIZAÇÃO INSTITUCIONAL”: um Poder da República pode valer mais
ou menos do que outro, ou do que ele próprio já valeu antes; um
parlamentar pode ter mais ou menos poder do que outro; uma autoridade da
República pode ser mais ou menos influente do que outra idêntica. Tudo
depende das circunstâncias. Tudo é “relativo”.
Mas a única coisa perene, que jamais será relativizada, é o PODER
POPULAR: no dia 15, próximo, os relativistas de plantão vão ver o
tamanho da força do povo e de seu poder.
Eles que tentem nos “relativizar”.
(Por:Guillermo Federico Piacesi Ramos/Jornal da Cidade Online)
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