BRASIL, POLÍTICA
Decisão de colocar tornozeleira no ex-governador Ricardo Coutinho expõe excesso, comum em prisões preventivas em série
O último momento antes do Carnaval 2020 terminou, nesta sexta-feira,
marcado pela decisão do desembargador Ricardo Vital de determinar o uso
de tornozeleira eletrônica pelo ex-governador Ricardo Coutinho e outros
ex-auxiliares gerando repercussão de vários níveis.
Mesmo admitindo a natureza da precaução em si do fato, há quem
considere a decisão do magistrado num tamanho de excesso desnecessário
diante da postura do ex-governador e demais ex-auxiliares de estarem
contribuindo sem nenhum tipo de problema, sempre colaborando com a
justiça, por isso pareceu atitude além de precaução e mais com tom de
pirraça.
ESTADO DE DIREITO VS. EXCESSOS
Em que pese a
posição do Ministério Público estadual de insistir em restringir ao
máximo o tipo de vida dos nomes arrolados sob argumento de “caso
perigoso”, é preciso admitir que no decorrer dos tempos começa a se
consolidar um sentimento de excesso inoportuno quando muitos dos presos
não geraram resistência nem produziram nenhum tipo de obstrução.
Se
isto é verdadeiro, se faz preciso considerar importante a aplicação do
Estado Democrático de Direito nos diversos processos em curso abrigando
amplo direito de defesa para não repetir o excesso de politização
jurídica da Lava Jato punindo sem problemas líderes do nível do
ex-presidente Lula.
No caso da Paraíba, determinar a
tornozeleira eletrônica no ex-governador Ricardo Coutinho transborda o
sentimento de excesso pela conduta dele acatando as ordens judiciais sem
obstrução, mesmo num cenário aparentemente de provocação e, repito, de
excesso.
(por: Gutemberg Cardoso/Polêmica Paraíba)
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