sexta-feira, 13 de março de 2020

Coronavírus: Bolsonaro exalta atos contra o Congresso, mas desestimula protestos no domingo. Em pronunciamento oficial, presidente afirmou que atos marcados contra o Congresso e o STF 'demonstram o amadurecimento da democracia', mas os desestimulou devido à pandemia de Covid-19

PRONUNCIAMENTO EM CADEIA NACIONAL
 Bolsonaro durante pronunciamento nesta quinta-feira
 Bolsonaro durante pronunciamento nesta quinta-feira - Reprodução TV 

Rio - Em um pronunciamento nacional transmitido na noite desta quinta-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro, exaltou as manifestações contrárias ao Congresso marcadas para este domingo, mas pediu para que elas sejam "repensadas" devido à pandemia de coronavírus.
 
Bolsonaro afirmou que os protestos, cujas principais pautas se colocam abertamente contrárias ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF), são "espontâneos e legítimos", "atendem os interesses da nação", "demonstram o amadurecimento da democracia presidencialista" e "são expressões evidentes de nossal liberdade".
 
"O Brasil mudou". "As motivações da vontade popular continuam vivas e inabaláveis", atestou o presidente. 
 
No mesmo pronunciamento, o presidente afirmou ainda que é provável que o número de casos de coronavírus aumente nos próximos dias, mas "sem motivo de pânico".
 
Há dois atrás, Bolsonaro havia afirmado que "muito do que falam (sobre o coronavírus) é fantasia", e culpado a imprensa por um suposto exagero na cobertura da doença. Nesta quinta-feira, Fábio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência que viajou com Bolsonaro para os EUA, testou positivo para coronavírus. 
 
Mais cedo, em uma live transmitida no seu Facebook, o presidente já havia mudado seu tom em relação à doença, chegando inclusive a, ao lado do ministro da Educação, Luiz Henrique Mandetta, usar máscaras cirúrgicas. 
 
Ele aguarda o resultado do teste feito para o Covid-19, que sai nesta sexta-feira.
 
 
(Por O Dia) 

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