COTADO
Anderson Correia, reitor do ITA - Agência Força Aérea
Brasília - O nome do atual reitor do Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA), Anderson Correa, tornou-se o mais forte para assumir o
Ministério da Educação (MEC) depois da saída de Carlos Decotelli. Evangélico e com perfil técnico, ele passou a aglutinar apoio de vários grupos que indicam nomes ao presidente Jair Bolsonaro.
Correa
foi presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes) até o ano passado, quando foram cortadas milhares de
bolsas de mestrado e doutorado. Ainda no cargo, passou a concorrer à
vaga de reitor do ITA, posição que ele já tinha ocupado entre 2016 e
2019. Foi o escolhido mais uma vez.
Ele fez carreira na
instituição, foi pró-reitor de Pesquisa e Relacionamento Institucional,
chefe de departamento, coordenador de cursos e coordenador de projetos.
Seu
currículo indica que é formado em Engenharia Civil pela Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) e é mestre pelo ITA. É ainda doutor em
Engenharia de Transportes pela University of Calgary, no Canadá. Na
noite desta terça-feira, o governo checava suas credenciais e colhia
apoios. O dono da Unisa, Antonio Veronezi, é um dos que exercem grande
influência no governo e participa do lobby para o MEC.
Outro nome
que surgiu entre os indicados é o do ex-pró-reitor da FGV Antonio
Freitas. Freitas é professor titular de Engenharia de Produção da
Universidade Federal Fluminense (UFF) e membro do Conselho Nacional de
Educação (CNE).
Gilberto Gonçalves Garcia, que tem formação em Filosofia e foi reitor de várias universidades privadas, também foi cogitado.
Além
dele, há Marcus Vinícius Rodrigues, que foi presidente do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) na gestão de
Ricardo Vélez. Ele é engenheiro e ligado ao mesmo grupo militar de
Decotelli. Rodrigues deixou o Inep depois de desentendimento com o grupo
olavista.
Na disputa há ainda o evangélico Benedito Guimarães
Aguiar Neto, que foi reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e
hoje é presidente da Capes. O secretário de Educação do Paraná, Renato
Feder, que esteve com o presidente na semana passada, voltou a ser
analisado também.
A preocupação dos militares é a de que
integrantes ligados a Olavo de Carvalho tenham força para indicar um
nome que prevaleça. O deputado Eduardo Bolsonaro teria sugerido Sérgio
Sant'ana, ex-assessor de Abraham Weintraub e ligado a olavistas. O nome
de Ilona Becskehazy, que é secretária de Educação Básica no MEC, também
está sendo defendido por grupos considerados ideológicos.
(As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
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