Réveillon na praia de Copacabana com show de fogos de artifícios, visto da Vista Chinesa, no Alto da Boavista. 01/01/2019 - Alexandre Brum / Agência O Dia
Rio - Depois de São Paulo cancelar o Réveillon e
anunciar, na sexta-feira, o adiamento do Carnaval, por conta da
pandemia, a Prefeitura do Rio também bateu o martelo: a maior festa de
Réveillon do mundo, na Praia de Copacabana, não acontecerá este ano.
Pelo menos não nos moldes tradicionais, com a grandiosa queima de fogos e
a reunião de quase 3 milhões de pessoas. A informação foi confirmada na
sexta-feira ao DIA pela Riotur. E a festividade de
Momo segue pelo mesmo caminho: as escolas de samba e blocos de rua só
querem desfilar após a população ser imunizada contra a covid-19.
Segundo a Riotur, será apresentado ao prefeito
Marcelo Crivella, nos próximos dias, sugestões de formatos para o evento
da virada, "preservando prioritariamente a segurança das pessoas e
considerando também uma atmosfera de reflexão e esperança diante de
tantas perdas sofridas". A ideia é que sejam realizados espetáculos em
diferentes pontos da cidade, sem público, com transmissão online e
aberto apenas à imprensa. As atrações ficariam por conta de um show de
luzes e show musical após a meia-noite.
Alguns locais já cotados para a realização da festa
são a própria Praia de Copacabana, o Cristo Redentor e o Morro da Urca.
Mas a confirmação depende, principalmente, de recursos financeiros. A
assessoria da Riotur destacou, ainda, que não enxerga essa virada como
uma festa, mas sim um momento para passar aos cariocas uma mensagem de
renovação.
Já sobre o Carnaval, a secretaria municipal adotou
uma posição parecida com a do Réveillon e informou que o modelo
praticado há anos não é viável no atual cenário, sem a imunização contra
o novo coronavírus.
A Riotur disse aguardar a próxima assembleia da Liga
Independente das Escolas de Samba (Liesa), que definirá o rumo dos
desfiles. "Para o Carnaval de rua, a Riotur tem mantido conversas com o
Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério
Público, que participou da criação do Protocolo de Intenções e garantiu
melhorias à folia".
Carnaval na Sapucaí será pouco provável
Marcada para meados de setembro, a reunião da Liesa
já causa repercussão entre os presidentes das agremiações do samba,
principalmente após a decisão da Prefeitura de São Paulo de remarcar o
evento para maio ou junho de 2021. Para Fernando Horta, presidente da
Unidos da Tijuca, a esperança é de que algo mais concreto sobre a vacina
seja divulgado até a plenária. "Carnaval é aglomeração. Não dá para
pensar nessa festa sem público, com componentes de máscara".
Na Vila Isabel, o presidente Fernando Fernandes
definiu como inviável realizar Carnaval em junho. "Não dá para desmontar
tudo e fazer outro em fevereiro de 2022. É uma situação muito delicada,
mas sem vacina não tem Carnaval", disse. Por sua vez, o presidente da
Mangueira, Elias Riche, sugeriu que em meados do próximo ano seja
realizada uma apresentação menor das escolas e sem pontuação, "para o
povo brincar".
Representantes de blocos de rua, a Sebastiana e a
Liga do Zé Pereira acreditam ser precipitado definir data para a festa e
pedem uma conversa com a Riotur.
(Por
Luana Dandara/O Dia)
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