terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Os bastidores do polêmico pedido de reserva de vacinas no STF. Ofício despachado à Fiocruz não teve aprovação do presidente da Corte, Luiz Fux

 SUPREMO

Pedido de reserva de vacinas levou à exoneração de chefe do setor de Saúde do STF Leon Neal/Getty Images

A queda do secretário de Saúde do STF, Marco Polo Dias Freitas, nesta segunda, após o bizarro episódio do pedido de reserva de doses de vacina para servidores da Corte, foi o desfecho de uma discussão interna que começou com o chefe da Corte, ministro Luiz Fux, advertindo os servidores para a temeridade da medida.

Numa reunião, há alguns dias, o presidente da Corte foi apresentado ao plano de solicitar o imunizante e advertiu os servidores de que a ideia não era prudente, dado o atual momento atravessado pelo país na pandemia.

Fux rejeitou qualquer solicitação que envolvesse reivindicar cotas de vacina para os servidores da Corte, mas os padrinhos da ideia garantiram ao ministro que o pedido seria feito com “cuidados” de modo a evitar a imagem de que o Supremo tentaria furar a fila da vacina.

O oficio enviado à Fiocruz — sem o conhecimento e aval de Fux ao texto final, que só ficou sabendo do conteúdo pela imprensa — avançava o sinal ao falar de reserva de doses, algo que o ministro havia rejeitado.


(Por Robson Bonin/Radar)

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