terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Petrobras aumenta preço da gasolina em 5% e diesel em 4%, a partir desta terça-feira. A mudança foi tomada devido à alta do petróleo nas últimas semanas e a recente desvalorização do real perante o dólar

ALTA NOS PREÇOS
No dia 15 deste mês, a Petrobras já havia aumentado o preço da gasolina e do diesel, em 3% e 4%, respectivamente

Nesta segunda-feira (28), a Petrobras informou que aumentará o preço médio da gasolina e do diesel em suas refinarias em 5% e 4%, respectivamente. A mudança, que começa a partir de terça-feira (29), foi tomada devido à alta do petróleo nas últimas semanas e a recente desvalorização do real perante o dólar.

No dia 15 de dezembro, em meio a outra alta de preços de combustíveis, a Petrobras já havia aumentado o preço da gasolina e do diesel, em 3% e 4%, respectivamente. 

Com o reajuste de 4%, o preço médio do diesel, combustível mais vendido do Brasil, será de R$ 2,02 por litro. Em 2020, no total, a redução do valor é de 13,2%, de acordo com a Petrobras.

Quanto ao preço da gasolina para as distribuidoras, a redução em 2020 é menor, de 4,1%. Para esses, o valor médio da gasolina será de R$ 1,84.

Mesmo com as cotações dos combustíveis da Petrobras em alta na terça-feira, os especialistas indicam que a diferença perante a paridade de importação deve seguir presente. 

"Faz cerca de três semanas que a Petrobras trabalha com defasagem de mais de 10 centavos em relação ao mercado internacional e segue bem próxima a esse nível mesmo com o ajuste de hoje", afirmou o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva, em entrevista à Reuters.

"O ajuste atual foi menos da metade do necessário para termos paridade de importação", acrescentou ele, evidenciando atrasos nos repasses da alta do petróleo para os preços dos combustíveis da Petrobras.

O presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, também comentou sobre a diferença entre os preços da Petrobras e a alta do mercado externo e destacou que "as importações por agentes privados continuam inviabilizadas".

A estatal afirma que a precificação segue a paridade de importação, influenciada por fatores como o câmbio e as cotações internacionais do petróleo.

O repasse desses reajustes nas refinarias para os consumidores finais nos postos não é certo, pois depende de várias questões, como, por exemplo, a margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.


(Por iG - Economia)

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