CORONAVÍRUS
CoronavírusBrasil - O Ministério da Saúde disse, na noite desta
sexta-feira, que os casos de contaminação no país pelo coronavírus se
aproximam da marca de 7,5 milhões. Nas últimas 24 horas, a pasta
confirmou 22.967 novas infecções de covid-19, totalizando 7.488.560. Já
as mortes ultrapassaram 190 mil vítimas.
De acordo com o Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas, foram registradas 482 mortes. O balanço aponta também 798.737 pacientes em acompanhamento, 2.355 mortes em investigação e, ainda, indica que 6.459.335 se recuperaram da doença.
De acordo com a atualização do Ministério da Saúde, os estados que registram mais mortes por covid-19 são: São Paulo (45.795), Rio de Janeiro (24.900), Minas Gerais (11.562), Ceará (9.952) e Pernambuco (9.544).
As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (773), Acre (780), Amapá (899), Tocantins (1.223) e Rondônia (1.734).
Um levantamento aponta que o número de mortos por
covid-19 no Brasil pode ser superior a 220 mil pessoas. A
análise realizada pela organização Vital Strategies, formada por
pesquisadores e especialistas, diz atuar no desenvolvimento de programas
de saúde em mais de 70 países.
Cientistas da Vital Strategies, no entanto, calculam
que as perdas na pandemia podem ser ainda maiores. Conforme publicou o
jornal Folha de S.Paulo, a estimativa da organização é de que quase 33
mil óbitos, registrados até meados de novembro, ficaram de fora das
estatísticas oficiais.
Para fazer o levantamento, os pesquisadores fizeram cruzamento de dados oficiais coletados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe). A plataforma é do próprio Ministério da Saúde.
Para fazer o levantamento, os pesquisadores fizeram cruzamento de dados oficiais coletados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe). A plataforma é do próprio Ministério da Saúde.
Inicialmente, foram identificados 68.631 pacientes vítimas de Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) que não tiveram a causa específica
descoberta. A síndrome pode ser provocada por diferentes vírus
respiratórios, a exemplo do influenza ou do Sars-CoV-2, este último
causador da covid.
Destes, 32.923 pacientes apresentaram ao menos três sintomas clínicos da doença -- o que, segundo os pesquisadores, seria suficiente para tratá-los como prováveis mortes por covid. Segundo o levantamento, os sintomas mais comuns foram dispneia, saturação de oxigênio no sangue abaixo de 95% e tosse.
"Os municípios e Estados estão tão sobrecarregados que não tem perna para investigar os casos", diz a epidemiologista Fatima Marinho, consultora-sênior da Vital Strategies, responsável pelo levantamento.
Entre especialistas, é consenso que o Brasil lidou com subnotificação da doença e problema para realizar testagem em massa durante a pandemia. Para Fatima, o cenário dificulta a situação do País.
"Só com a real dimensão do impacto sobre a população é que, de fato, é possível fazer um enfrentamento da pandemia. Ou você vai estar sempre correndo atrás do vírus", afirma. "Isso permite captar melhor o cenário e fazer projeções para antecipar as medidas. Hoje, a gente espera pipocar uma alta de casos para agir".
Destes, 32.923 pacientes apresentaram ao menos três sintomas clínicos da doença -- o que, segundo os pesquisadores, seria suficiente para tratá-los como prováveis mortes por covid. Segundo o levantamento, os sintomas mais comuns foram dispneia, saturação de oxigênio no sangue abaixo de 95% e tosse.
"Os municípios e Estados estão tão sobrecarregados que não tem perna para investigar os casos", diz a epidemiologista Fatima Marinho, consultora-sênior da Vital Strategies, responsável pelo levantamento.
Entre especialistas, é consenso que o Brasil lidou com subnotificação da doença e problema para realizar testagem em massa durante a pandemia. Para Fatima, o cenário dificulta a situação do País.
"Só com a real dimensão do impacto sobre a população é que, de fato, é possível fazer um enfrentamento da pandemia. Ou você vai estar sempre correndo atrás do vírus", afirma. "Isso permite captar melhor o cenário e fazer projeções para antecipar as medidas. Hoje, a gente espera pipocar uma alta de casos para agir".
(Com informações Estadão Conteúdo)
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