ENCONTRO
Em transmissão ao vivo nas redes sociais na semana passada, Bolsonaro disse que viajaria ao Estado para pescar acompanhado do secretário especial da Pesca, Jorge SeifSanta Catarina - Em meio à disputa da presidência da Câmara e ainda sem
definições claras sobre o início da vacinação contra a covid-19 no
Brasil, o presidente Jair Bolsonaro decidiu se refugiar em uma colônia
de férias das Forças Armadas, no Forte Marechal Luz, em São Francisco do
Sul, litoral norte de Santa Catarina, onde está hospedado desde o
sábado, 19, com o filho Carlos Bolsonaro e o secretário nacional de
Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Junior.
O presidente tem saído
para pescar todas as manhãs e na noite de segunda-feira, 21, ofereceu um
jantar para convidados nas instalações do Forte. O evento contou com a
presença do empresário Luciano Hang, o apresentador Ratinho, o senador
Jorginho Mello (PL), o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício de
Oliveira (Podemos) e o pastor Luiz Hermínio, que defende "jejum para
acabar com a covid".
Segundo assessoria de Bolsonaro, o presidente está em uma viagem de
descanso, sem agenda oficial e sem assessores. Durante o jantar regado a
frutos do mar na brasa, segundo apurou a reportagem, o presidente
elogiou a atuação do ministro do STF, Kassio Nunes Marques, que no
último dia 15 de dezembro liberou a pesca de arrasto no litoral gaúcho.
Proibida desde 2018 por força de uma lei estadual, a pesca no litoral
gaúcho é defendida pelo secretário da Pesca, Jorge Seif.
Mais
cedo, Bolsonaro usou o rádio da base naval na Ilha da Paz para comunicar
aos pescadores a decisão do ministro do Supremo: "Última ação nossa foi
permitir que os pescadores do Paraná e Santa Catarina possam pescar nos
mares do Rio Grande do Sul. Conseguimos uma liminar lá do ministro
Kassio Nunes revogando uma lei estadual".
'Vacina não será obrigatória'
Em conversa com
apoiadores, Bolsonaro criticou medida do Supremo que autorizou Estados e
municípios a obrigarem a vacinação. "Quem quer tomar vacina toma, quem
não quiser não toma. O Supremo deu poder aos governadores e prefeitos,
uma medida restritiva, um perigo isso daí. Quem tem que ter poder é o
presidente com o Ministério da Saúde. A vacina não será obrigatória".
O
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na semana que Estados e
municípios podem decidir sobre a obrigatoriedade da imunização e até
mesmo impor restrições para quem se recusar a ser vacinado. A medida,
contudo, não significa vacinação à força, sem o consentimento do
indivíduo.
O presidente também voltou a se posicionar contrário
ao fechamento de estabelecimentos como medida de prevenção. "Tem gente
querendo fechar o comércio no ano-novo. O Brasil não pode se endividar
mais, nós nos endividamos em mais de R$ 700 bilhões e quem vai pagar
essa conta é vocês."
Na manhã desta terça, ao retornar da
pescaria com o apresentador Ratinho, Jorge Seif e o ministro das
Comunicações, Fabio Faria, Bolsonaro abraçou e tirou fotos com
apoiadores, ele e a grande maioria ignoram o uso de máscara, que
continua obrigatória em território catarinense.
O retorno do
presidente estava previsto para esta terça, mas fontes que estiveram no
Forte com Bolsonaro disseram que o desejo dele é ficar até quarta-feira,
23, antevéspera de Natal.
(Por Estadão Conteúdo)

Nenhum comentário:
Postar um comentário