quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Bezerro nasce com duas cabeças no interior do RN; veterinário explica caso. Segundo professor da Ufersa, má formação deve se tratar de uma diprosopia, quando as duas cabeças nascem de maneira incompleta no animal. Fato é considerado raro.

 FATO RARO


Bezerro nasce com duas cabeças no município de Santa Cruz, no interior do RN — Foto: Reprodução 

  Um bezerro nasceu com duas cabeças em uma comunidade na zona rural do município de Santa Cruz, cerca de 100 quilômetros distante da capital Natal. O caso é considerado raro pelos médicos veterinários.

Segundo o proprietário do bezerro, que mora na comunidade de Bom Sucesso, o animal nasceu há três dias. Ele conta que é a primeira vez que se depara com esse tipo de formação.

"Nunca aconteceu algo assim nessa comunidade. É um fato inédito", disse Pedro Oliveira, que relatou ainda uma dificuldade do animal para se levantar.

  Segundo o médico veterinário Raimundo Alves Barreto Junior, que também é professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), esse tipo de formação é realmente rara.

"Esse fato que aconteceu na sua comunidade realmente é um fato muito pouco frequente. Nós chamamos tecnicamente de dicefalia, quando o animal tem a definição bem clara de duas cabeças, com dois cérebros, quatro orelhas, duas bocas, quatro olhos, tudo bem separado", falou.

"Ou diprosopia, que é o caso que mais parece aí, que é na verdade um quadro teratogênico (quando há dano ao feto), que nasce com essa segunda cabeça de maneira incompleta".

Segundo o professor Barreto, esse tipo de formação compromete a vida dos animais. Ele relata, por exemplo, só ter conhecido um que conseguiu chegar à vida adulta com esse tipo de formação, ainda na década de 1990.

"Poucos animais chegam à vida adulta, porque a gente tem, nessas más formações congênitas, outras más formações envolvidas internamente no animal, que impedem que ele chegue à vida adulta. No caso desse animal, até o peso da cabeça dificulta com que ele fique em pé", explicou.

"Em toda minha carreira, eu só vi um caso de um animal que chegou à vida adulta, ainda na década de 1990".

Apesar disso, o veterinário mantém o otimismo e faz recomendações ao proprietário Pedro Oliveira. "Cuide bem do seu animalzinho, tente levantá-lo e mantê-lo em pé. Com muito cuidado talvez ele consiga chegar na vida adulta". 


(Por G1 RN e Inter TV Cabugi) 

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