CRÍTICA
Os vereadores de Natal debateram em audiência pública nesta manhã
(19) sobre a realização dos arraiás juninos nos bairros da capital e o
apoio financeiro concedido pelo Município. A audiência foi proposta pelo
vereador Aroldo Alves (PSDB) e participaram, além dos vereadores,
representantes da Fundação capitania das Artes (Funcarte), Fundação José
Augusto, Procuradoria do Município, Secretaria de Meio Ambiente
(Semurb), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
De acordo com o vereador Aroldo Alves, a ideia é fazer com que a
prefeitura priorize mais os festejos juninos na cidade que ocorrem no
próximo mês e desburocratize o processo para concessão dos recursos aos
grupos. “É importante que o edital seja melhor explicado aos grupos e
que o pagamento seja imediato porque quem promove esses eventos
comunitários precisa pagar os custos”, disse Aroldo. Quadrilheiros,
coordenadores de arraiás e líderes comunitários relataram as
dificuldades enfrentadas pela falta de apoio e pela burocracia que
começa na liberação do evento por parte dos órgãos públicos. Alguns
alegaram que o pagamento dos editais do carnaval ainda não foram
concretizados.
O assessor de imprensa da Funcarte, Dionísio Outeda, informou que há
15 dias já foi lançado o edital para concessão de ajuda de custos aos
grupos juninos e que a burocratização tanto no pagamento quanto na
liberação dos eventos por parte dos outros órgãos é comum no serviço
público que precisa obedecer legalmente alguns procedimentos. “O edital
já foi publicado e prevê R$ 300 mil divididos para diversas modalidades
de quadrilhas e arraiás. É um apoio que se dá a todas as demandas e os
coordenadores.
precisam ficar atentos para cumprir todos os requisitos e
evitar que se demore seja na liberação do evento e também no pagamento
que só pode ser feito posteriormente”, disse. O Presidente da Fundação
José Augusto, Rodrigo Bico, sugeriu que o assunto pudesse ser tratado
constantemente e não apenas nesta época, criando assim uma política de
cultura que valorize os eventos de bairros. “A cultura é sempre vista
como algo supérfluo e sempre é a primeira a sofrer contingenciamento em
caso de redução de custos, por isso a categoria precisa estar unida,
debatendo e pressionando para que se mude essa mentalidade”, declarou.
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