A ideia da atração é centralizar todo o episódio em um convidado. Galvão começou sua participação com uma paródia de História de Uma Gata, cantada ao lado de Adnet, em que admitia ser “chato” – como o público da Globo não se cansa de dizer. Para além do inusitado de o narrador ter se chamado de chato, a canção não teve nada demais e, sinceramente, não arrancou nem mesmo um sorriso amarelo do espectador. Em seguida, o apresentador chamou o colega de emissora para uma rápida conversa no divã, em que, novamente, nada saiu do protocolar.
O quadro seguinte foi uma competição entre amigos de Galvão, Reginaldo Leme, Arnaldo Cézar Coelho e Daniela Mercury, para determinar quem conhecia melhor o narrador. Um joguinho sem graça, com perguntas como a profissão anterior do global. Fosse um participante mais interessante, talvez a brincadeira até tivesse seus momentos mais divertidos. Mas há pouca graça em saber que Galvão já foi vendedor em uma fábrica de plásticos, por exemplo.
O programa seguiu com outra paródia, uma brincadeira em que Galvão e Adnet apareceram fantasiados como faraós do Egito Antigo e uma corrida com obstáculos em que entrevistado e apresentador apareceram em bichos mecânicos de shopping (quadro copiado do americano Tonight Show with Jimmy Fallon). Deu para perceber que investimento definitivamente não foi um problema para a atração. Tudo que era apresentado era grandioso, com um orçamento que talvez pagasse vários episódios de talk shows comuns – mas o humor, o elemento mais importante, esteve em falta nessa estreia.
Por Meire Kusumoto/Veja
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