Kim Jong-nam foi morto em 13 de fevereiro no aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia, após ser atacado com o VX, um poderoso agente nervoso, considerado pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) uma arma de destruição em massa. Segundo a autópsia, ele sofreu paralisia e morreu cerca de vinte minutos depois que as duas mulheres jogaram a substância sobre ele.
Outros dois suspeitos do homicídio foram detidos – um cidadão malaio, libertado sob fiança, e um norte-coreano, que permanece sob custódia da polícia. Outros sete norte-coreanos que podem estar ligados ao caso foram identificados pela polícia.
Na segunda-feira, a agência de inteligência da Coreia do Sul afirmou que acredita que autoridades ligadas a dois ministérios da Coreia do Norte planejaram a morte de Kim Jong-nam. Em um discurso transmitido pela televisão, o parlamentar Kim Byung-kee afirmou que oficiais dos ministérios de relações exteriores e segurança nacional recrutaram as mulheres envolvidas no assassinato.
De acordo com informações dadas a jornalistas, entre os oito norte-coreanos suspeitos de planejar a morte de Kim Jong-nam, seis são ligados a ministérios da Coreia do Norte. “Entre os oito suspeitos no caso, quatro são do ministério de segurança nacional e dois, que agiram diretamente, são do ministério de relações exteriores”, disse o parlamentar Lee Cheol-woo a repórteres, segundo a Reuters.
Arma de destruição em massa
O VX é uma versão mais letal do gás sarin, extremamente tóxico. Os agentes nervosos agem com o estímulo excessivo das glândulas e dos músculos, o que cansa rapidamente as vítimas e ataca a respiração. De acordo com o ministro da Saúde, as causas da morte estão agora “mais ou menos confirmadas”.Durante a madrugada de domingo, as equipes de defesa civil da Malásia, com trajes de proteção, rastrearam minuciosamente o local do crime, não encontraram nada e declararam que o aeroporto é uma área segura.
(Veja.com)
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