Rodrigo Maia, o “Botafogo” da Odebrecht, surge na negociação de delação da Delta: futuro turvo (Cristiano Mariz/VEJA)
Controlada até recentemente por Fernando
Cavendish, empresário pernambucano com fama de estrategista arrojado, a
empreiteira Delta experimentou uma ascensão vertiginosa. Antes mesmo da
Lava Jato, porém, a receita de seu sucesso começou a ser desvendada.
Uma investigação federal mostrou que os milionários contratos da Delta
eram conquistados à base de propinas pagas a autoridades. Em prisão
domiciliar há seis meses, Cavendish trata de negociar sua delação
premiada. O acordo, proposto inicialmente aos procuradores do Ministério
Público Federal no Rio de Janeiro, ainda está em negociação, mas seus
primeiros capítulos prometem revelações que podem abalar a rotina de
governadores, prefeitos e parlamentares. Uma das histórias que Cavendish
se dispõe a contar atinge em cheio a linha sucessória da Presidência da
República. O empresário diz ter repassado dinheiro ao deputado Rodrigo
Maia, do DEM do Rio de Janeiro, presidente da Câmara dos Deputados.
Conta que a Delta começou a caminhada em direção ao sucesso quando Cesar
Maia, pai de Rodrigo, foi prefeito do Rio, nos anos 1990 e 2000. Nesse
período, a empreiteira conquistou contratos de obras de grande porte,
como a construção do Estádio Olímpico do Engenhão. Em troca, diz ele,
topou fazer agrados à família Maia.
(
Rodrigo Rangel/Veja.com)
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