Quando estava na oposição, em 2015, Aécio mostrou-se indignado com a indicação de Edson Fachin para o Supremo. De fato, o agora relator da Lava Jato apoiou a candidatura de Dilma Rousseff em 2010, era simpático ao Movimento Sem-Terra e advogou em processos particulares enquanto era procurador do Paraná.
Aécio, na ocasião, não aliviou ao analisar a possibilidade de Fachin chegar ao tribunal: “Não é possível que a gente tenha um ministro do Supremo Tribunal com vinculações e compromissos partidários”, disse à “Folha de S.Paulo“.
Um ano e meio depois, quem enfrentou a sabatina do Senado por uma cadeira no Supremo foi o correligionário do tucano, Alexandre de Moraes, filiado ao PSDB até ontem.
O rigor de Aécio mudou na velocidade da maré que o levou para a base do governo.
No Twitter, ontem, ele saiu em defesa do aliado: “O STF, ao logo de sua história, teve, entre os seus mais ilustres membros, cidadãos que tiveram militância política. Isso não comprometeu a isenção e o equilíbrio com que atuam na mais alta Corte do país”.
Resta saber se a ligação partidária terá o mesmo peso na atuação de Moraes no Supremo quanto tem na de Aécio no Senado.
( Gabriel Mascarenhas/Radar On-line)
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