Pela manhã, em votação secreta, Moraes recebeu 55 votos a favor e 13 contrários à sua nomeação, sendo que era preciso o aval de no mínimo 41 dos 81 senadores. Nesta quarta-feira, Moraes teve um encontro com Temer, que à tarde também se reuniu com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB).
Moraes irá ocupar a vaga do ministro Teori Zavascki, morto em um desastre aéreo no início do ano, e se tornará automaticamente revisor dos processos da Operação Lava Jato no plenário da Corte — ou seja, aqueles que envolvem o presidente da República, do Senado e da Câmara. Ele vai herdar cerca de 7.500 processos que estavam nas mãos de Teori.
Moraes passou nesta terça-feira por uma sabatina de mais de onze horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que, por 19 votos a 7, deu encaminhamento para que seu nome fosse avaliado no plenário da Casa. Bem preparado, ele fugiu de temas polêmicos, como aborto e descriminalização das drogas, e procurou frisar que não deve nenhum favor político, a despeito de ter feito parte do governo até hoje, ser filiado ao PSDB até o início desse mês e ser próximo do presidente.
Ao ser questionado pelos parlamentares, Moraes criticou o que chamou de “excessivo ativismo judicial”, defendeu o uso da delação premiada e da execução da pena a partir da condenação em segunda instância, e negou que houve um desmonte na força-tarefa da Lava Jato. Sobre pontos controversos de sua vida, Moraes afirmou que “jamais foi advogado do PCC” e classificou como “calúnia” a acusação de que plagiou a obra de um jurista espanhol.
(Veja.com)
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