A comunidade muçulmana dos Estados Unidos lançou uma campanha de arrecadação de fundos para reparar as mais de 170 lápides que foram destruídas no cemitério judaico Chesed Shel Emeth, localizado
em St Louis, Missouri, durante um ato de vandalismo ocorrido no último
final de semana. O financiamento coletivo atingiu rapidamente o seu
objetivo inicial de 20.000 dólares (cerca de 60.000 reais), alcançado
mais de 85.000 dólares (aproximadamente 260.000 reais).
Em entrevista à rede britânica BBC, as
fundadoras da campanha, Linda Sarsour e Tarek El-Messidi, afirmaram que
além de reconstruir as lápides, qualquer dinheiro adicional será
utilizado para “apoiar centros de comunidade judaica vandalizados em
todo o país”.
Na última segunda-feira, onze centros comunitários judaicos americanos receberam ameaças de bombas, via telefone. Também foram registradas ameaças direcionadas a 54 centros da comunidade judaica, em 27 estados e em uma província canadense, em janeiro deste ano, de acordo com a Associação JCC da América do Norte. Entretanto, nenhuma bomba foi encontrada.
De acordo com a BBC, as ameaças estão sendo investigadas pelo FBI em parceria com o Departamento de Justiça dos EUA.
A Associação JCC da América do Norte
disse que “não será intimidada por ameaças destinadas a perturbar a vida
das pessoas ou o papel vital que os centros comunitários judaicos
desempenham como lugares de reunião, escolas (…) e recreação”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou as ações. “As
ameaças antissemitas que visam nossa comunidade judaica nos centros
comunitários são horríveis e dolorosas e um triste lembrete do trabalho
que ainda precisa ser feito para erradicar o ódio, o preconceito e o
mal”, disse o presidente americano em discurso no Museu Nacional de
História e Cultura afro-americana.
A filha de Trump, Ivanka, convertida ao judaísmo e esposa de um judeu neto de sobreviventes do holocausto,
também denunciou as ameaças aos centros da comunidade judaica, em suas
redes sociais: ” A nação americana foi construída com base no princípio
da tolerância religiosa. Nós devemos proteger nossas casas, locais de
trabalho e centros religiosos”.
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