sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Geraldo Melo diz que nesta eleição as pessoas vão “desvotar” no PT. Para o ex-governador, a candidatura de Jair Bolsonaro ganhou força por ser autêntica, e não “cesariana” como a de Haddad, quando o normal seria o Lula na disputa presidencial

AVALIAÇÃO
 Geraldo Melo foi dos quadros do PSDB de 1993 até 2009
 Ex-senador e ex-governador do Rio Grande do Norte, Geraldo Melo (PSDB)

O ex-governador e ex-senador Geraldo Melo, em entrevista à rádio 98 FM, disse lamentar que seu partido – o PSDB – não tenha tomado uma posição firme sobre quem apoiar no segundo turno para presidente e, no caso do Rio Grande do Norte, para governador. Segundo Geraldo Melo, que sofreu uma derrota que o aposentou da política, seu partido declarou neutralidade para o segundo turno e para onde se vê tem tucano no meio.

Na avaliação de Geraldo Melo, que teve mais votos que Garibaldi Alves, seu resultado – embora não vitorioso – foi significativo e mostra ainda força política. “A campanha me deixou mais jovem”, disse Geraldo Melo, que declarou apoio à candidatura de Jair Bolsonaro por comungar de algo em comum: os dois são antipetistas. Para ele, o PT continua fazendo política acreditando que está no século XIX, no tempo do Manifesto Comunista, lançado por Karl Marx e Friedrich Engels em 1848, no ápice da revolução industrial.

Para Geraldo Melo, essa eleição tem gosto de plebiscito e do mesmo jeito que os eleitores já depositaram muitas esperanças no PT, agora elas vão retirá-la. Geraldo Melo até admitiu que o governo Lula foi bom, mas o que veio depois foi tão ruim que apagou o que havia sido conquistado. “Estamos vivendo um momento de transformação rápida e isso inclui a derrota do PT nas urnas. O PT precisa parar de cultuar Lula. A candidatura de Haddad, por exemplo, é um parto cesáreo, já que o normal seria ver o Lula na disputa”, observou.

De acordo com Geraldo Melo, por ser antipetista é impossível votar em Fátima Bezerra, que, pessoalmente, ele diz não ter nada contra. No entanto, ele diz que Carlos Eduardo Alves nunca o quis por perto. “Ele sempre me rejeitou. Mesmo assim, não anularei meu voto, mesmo que ele diga que não quer o meu voto. No início da campanha, ele disse que os senadores dele eram Agripino e Garibaldi. Quando Agripino saiu, Jácome já estava pronto e não houve nenhum aceno ao PSDB, que esteve com Robinson Faria”, disse Geraldo Melo.

(AgoraRN)

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