FACADA
Bolsonaro concede entrevista para Antônia Fontenelle - 02/09/2019 (Youtube/Reprodução)
Na semana em que a facada sofrida durante a campanha presidencial completa um ano, o presidente Jair Bolsonaro cobrou
os investigadores do caso pela identificação de um mandante de Adélio
Bispo, autor do atentado. Em entrevista ao canal de Youtube da atriz
Antônia Fontenelle, nesta segunda-feira 2, o presidente disse que espera
“há muito tempo” que a Polícia Federal solucione o caso.
“Há muito tempo espero que a PF chegue no final da linha. Entre o meu caso e o da Marielle Franco,
que a imprensa tanto reverbera, o meu é muito mais fácil ou menos
difícil de se desvendar, mas não se dá a atenção para o meu caso”,
declarou Bolsonaro, que voltou a culpar a Ordem dos Advogados de Brasil
(OAB) de interferência nas investigações, o que já foi negado pela entidade.
“Imediatamente apareceram quatro advogados para defender esse
marginal chamado Adélio. Um deles a Polícia Federal tem a certeza que
tem o nome do mandante do crime. O que a OAB fez? Entrou com um mandado
de segurança para que a PF não entre no telefone desse advogado. O
advogado tem que ter imunidade? Sim, mas advogado honesto… advogado
bandido, não”, disse.
Bolsonaro disse não querer interferir na apuração do caso para não
ser acusado de “produzir um mandante”. Ainda sobre a facada, minimizou a
influência da situação para sua vitória eleitoral: “aquela facada não
me elegeu, na facada eu já estava eleito. Eles tentaram dar um fim a uma
candidatura, daí teria o Haddad, o Ciro ou o Alckmin como presidente.
Tirem suas conclusões como estaria o Brasil”.
Questionado sobre a escolha do próximo procurador-geral da República,
Bolsonaro voltou a dizer que não é obrigado a seguir a lista tríplice e
afirmou que está “entre três nomes”. O presidente admitiu dificuldade
na escolha, que deve ser feita nos próximos dias.
“Não posso indicar um PGR que não seja alinhado com o destino do
Brasil. Por exemplo, se for um ‘xiita’ na parte ambiental, pode travar o
ministro da Infraestrutura de fazer uma ferrovia, rasgar uma estrada,
duplicar outra… vai ter dificuldade seríssima. O homem do campo também
vai ter problemas. A questão de minorias também, cada vez mais se quer
mais terras para eles no Brasil”, avaliou, explicando as dificuldades
para definir um nome.
(Por:Veja.com.br)
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