sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Moro procura ‘Pingo’, ‘Carcará’, ‘Patrão’, ‘Fuminho’, ‘Maria do Pó’, ‘João Cabeludo’… Ministério da Justiça divulga em sua página na internet, 'com critérios técnicos e consulta aos Estados', a lista dos criminosos mais procurados em todo o País

PROCURADOS

O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou, nesta quinta-feira, 30, uma lista com os criminosos mais procurados do País. Dados como o CPF, o mandado de prisão, e um resumo dos crimes imputados aos investigados e condenados estão no banco de informações tornado público pela pasta. A lista (que pode ser lida aqui) tem 27 nomes cuja prisão é ‘estratégica para o enfraquecimento da atuação criminosa no país’, segundo a pasta.

“A lista ajudará na captura, e segue a orientação do PR @jairbolsonaro de sermos firmes contra o crime organizado”, afirmou o ministro Sérgio Moro, em seu Twitter. 



Entre os nomes dos procurados, estão Juvenal Laurindo, o ‘Carcará’, que, segundo a pasta, participou do ‘assalto ao Banco Central em Fortaleza (CE)’. Também acumula condenações por receptação, formação de quadrilha, e está sob suspeita de ter cometido roubo à maior mineradora de diamantes da América Latina, em Nordestina (BA), e de ter participado da explosão da lotérica do município de Independência (CE)’.


Já o ex-policial militar de Mato Grosso, Fábio Costa, foi alvo de uma operação que tinha como alvo o contrabando de cigarros e é investigado por atentar contra a casa de um policial rodoviário federal, em 2017, após a apreensão de uma carga de cigarros falsos avaliada em R$ 14 milhões.

Edvaldo Silva Santos, o ‘Patrão’, é investigado por ser ‘um dos mentores da tentativa de roubo a avião de transporte de valores no aeroporto de Salgueiro (PE), em 2018’.


Gilberto Aparecido dos Santos, o ‘Fuminho’, é investigado por ser mentor de dois planos de fuga de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, da Penitenciária de Presidente Venceslau, em 2014, e em 2019. Também é suspeito de ser o mandante da morte de Gege do Mangue, líder do PCC assassinado em 2018.


O presidente da República, Jair Bolsonaro, acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na cerimônia de hasteamento da bandeira nacional realizada em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, em 15 de outubro de 2019. Foto: Gabriela Biló / Estadão

Sonia Aparecida Rossi, a ‘Maria do Pó’, é tida por investigadores como a maior traficante de cocaína da região de Campinas. João Aparecido Ferraz Neto, o ‘João Cabeludo’, tem envolvimento com roubos a carros fortes e tráfico de drogas no Vale do Paraíba (SP) – a pasta especula que ele esteja na Bolívia.

A lista dos procurados foi elaborada pela Coordenação-Geral de Combate ao Crime Organizado da Diretoria de Operações da Secretaria de Operações Integradas – Seopi/MJSP.

O banco com os nomes, de acordo com o Ministério, ‘foi construído a partir de informações dos estados e também dados públicos, fornecidos pelo Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e teve como foco criminosos condenados por agirem em mais de um estado’.



“A análise seguiu 11 critérios, entre os quais estão a atuação interestadual e transnacional; rede de relacionamento; posição de liderança em organização criminosa violenta; capacidade financeira, entre outros”, afirma a pasta.

Segundo o Ministério, ‘para a escolha dos nomes, foram ouvidos profissionais com experiência e atuação no enfrentamento a crimes violentos em diversas unidades federativas, além de agentes policiais estaduais e federal’. “É importante ressaltar que o projeto não leva em conta os criminosos com atuação local, bem como eventuais crimes que, embora graves, não possuam vínculo com organizações criminosas”.

“A lista será atualizada mensalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e tem como objetivo contribuir com mais uma ferramenta na localização de criminosos para estados e DF”, diz a pasta.
Segundo o Ministério, denúncias e informações podem ser encaminhadas pelos números do Disque-Denúncia das Secretarias de Segurança Pública dos Estados-membros.
Por contemplar nomes de criminosos de alta periculosidade, o ministério recomenda que as abordagens sejam realizadas apenas pelas forças policiais.


(Por:Luiz Vassallo, Pedro Prata e Fausto Macedo/Estadãp Conteúdo)

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