terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Rio construirá prisões verticais para detentos de baixa periculosidade. Unidades abrigarão presos sem ligação com facções criminosas

RIO DE JANEIRO
 Projeto do Conjunto Penal Vertical (CPV) já está em fase de desenvolvimento.
 Projeto do Conjunto Penal Vertical (CPV) já está em fase de desenvolvimento. - Agência Brasil

Rio - O Estado do Rio vai construir, pela primeira vez, cinco presídios verticais para desafogar as unidades já existentes e abrigar os presos de baixa periculosidade,e que não tenham ligação com facções criminosas. As unidades prisionais vão contribuir para a inserção dos detentos ao mercado de trabalho.

Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), o projeto do Conjunto Penal Vertical (CPV) já está em fase de desenvolvimento. O planejamento inicial é para a construção de cinco conjuntos: três no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio, um em Volta Redonda, na região do Médio Paraíba, e outro em local a ser definido. Cada unidade poderá atender entre 3.456 e 5 mil internos.

Pelo projeto preliminar, cada conjunto custará cerca de R$ 82 milhões e será constituído por três prédios com 11 andares cada um. Nove destes terão celas e dois, salas de controle, refeitório e estrutura administrativa. As cinco unidades vão ofertar um projeto de inserção no mercado de trabalho, além de escola e atendimento médico.

A Seap informou que uma unidade prisional horizontal comum, com capacidade para atender entre 400 e 600 presos, custa cerca de R$ 40 milhões.

De acordo com o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Alexandre Azevedo, a iniciativa é importante para dar melhores condições de reabilitação aos detentos. “É um projeto inovador de direitos humanos, que oferece chances reais aos apenados que realmente desejam mudar de vida e ser reinseridos na sociedade. É um grande projeto, e vamos trabalhar intensamente para licitar a primeira das cinco unidades já em 2020”, afirmou.

Azevedo disse que um grupo de trabalho com servidores da Seap e da Secretaria de Infraestrutura e Obras reúne-se semanalmente para discutir as diversas necessidades do CPV, com o objetivo de acelerar a conclusão do projeto para iniciar o processo de licitação.

Vagas em presídios
No ano passado, foram criadas 1.872 vagas no sistema prisional do Rio de Janeiro. No dia 16 de dezembro, foi inaugurado o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, com 710 vagas – uma unidade que foi transformada em um grande centro de atendimento à mulher, com empresas para atividades laborativas, escola estadual, biblioteca, sala de audiovisual, espaço ecumênico, quadra poliesportiva e atendimento médico especializado.
 
 Outra ação importante foi a reforma em dois andares do Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, zona norte da cidade, onde foram criadas 512 vagas, ampliando e melhorando o atendimento às internas. Também houve um aproveitamento de 650 vagas ociosas que não estavam sendo ocupadas por questões de reordenamento e movimentação de presos em presídios estaduais.  


(Por Agência Brasil)

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