CHINA AUMENTA CONTENÇÃO
População de Hong Kong se protege da disseminação do vírus - Dale De La Rey / AFP
O Japão confirmou, neste sábado, mais um caso de infecção por
coronavírus, subindo para três o número de pacientes infectados no país,
segundo o Ministério da Saúde do Japão. Trata-se de uma mulher de 30
anos que mora em Wuhan, a cidade chinesa considerada o epicentro do
surto. Segundo o ministério, a mulher chegou ao Japão em 18 de janeiro.
O
número de mortos pelo surto de coronavírus na China saltou para 41. Já
são 1.287 pessoas infectadas globalmente. Com objetivo de conter o
avanço das contaminações, o governo chinês ordenou medidas nacionais
para detectar o novo vírus em trens, ônibus e aviões. Os pontos de
inspeção serão instalados e todos os viajantes com sintomas de pneumonia
serão "imediatamente transferidos" para um centro médico, anunciou uma
declaração da Comissão Nacional de Saúde.
A China também
anunciou hoje que estendeu o cordão sanitário imposto para impedir a
propagação do novo vírus descoberto em Wuhan. A nova medida levou ao
isolamento de cerca de 56 milhões de pessoas. As autoridades
acrescentaram outras cinco cidades na província de Hubei (centro) às 13
em que já havia imposto o dispositivo. A medida envolve a suspensão do
transporte público para essas aglomerações e o fechamento de pedágios
nas rodovias.
População de Hong Kong se protege da disseminação do vírus - Dale De La Rey / AFP
Até a manhã deste sábado, 12 países já tinham casos confirmados da
doença. Além da China, onde o surto começou, França, Japão, Coreia do
Sul, Singapura, Estados Unidos, Vietnã, Arábia Saudita, Taiwan, Nepal,
Tailândia, Austrália e, por último, a Malásia também anunciaram que têm
pacientes infectados. Nos EUA, dois casos já foram confirmados e mais de
60 registros suspeitos estão em investigação.
O último país a
relatar um caso foi a Malásia, que informou três indivíduos infectados,
todos eles relacionados ao homem de 66 anos que foi confirmado pelas
autoridades de saúde de Cingapura como positivo para o vírus. Na noite
de sexta-feira, a Austrália também notificou seu primeiro caso. O
governo do país pediu aos cidadãos australianos que não viajassem para a
província de Hubei, na China, epicentro do surto.
População de Hong Kong se protege da disseminação do vírus - Dale De La Rey / AFP
No Brasil, medidas estão sendo tomadas para impedir a disseminação do
vírus. Os aeroportos brasileiros passaram a divulgar desde sexta-feira
um alerta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o
coronavírus. No alerta, uma mensagem de áudio de aproximadamente 1
minuto, a Anvisa orienta os passageiros que chegaram da China e estão
com sintomas como febre e tosse a procurar uma unidade de saúde. Também
são dadas orientações para evitar a transmissão de doenças.
A
Secretaria da Saúde de São Paulo anunciou um plano para o monitoramento e
resposta de casos suspeitos. A mobilização vai englobar os principais
hospitais de referência, como Instituto de Infectologia Emílio Ribas e
Hospital das Clínicas, e profissionais estão sendo treinados para fazer a
detecção e notificação de possíveis casos da doença.
População de Hong Kong se protege da disseminação do vírus - Dale De La Rey / AFP
O Ministério da Saúde descartou, durante a semana cinco casos que foram
considerados suspeitos num primeiro momento. Ainda de acordo com o
ministério, só devem ser considerados suspeitos pacientes que apresentem
sintomas que se enquadrem no parâmetros da Organização Mundial da Saúde
(OMS), como febre, dificuldade para respirar, tosse. Além disso, é
necessário que tenham viajado para a cidade chinesa de Wuhan ou tiveram
contanto com pessoas com suspeita ou confirmação de infecção.
(Por:Estadão Conteúdo)
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