BRASIL, POLÍTICA
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O secretário especial de
Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, anunciou nesta terça-feira, 28,
uma nova estratégia para tentar reduzir a fila de espera por benefícios
do INSS e que vai editar uma Medida Provisória em até uma semana para
permitir a contratação de servidores aposentados. Marinho anunciou
também que o presidente do INSS, Renato Vieira, pediu demissão do cargo.
Ele será substituído pelo atual secretário de Previdência, Leonardo
Rolim.
Atualmente, 1,3 milhão de solicitações de benefício estão sem análise
há mais de 45 dias, prazo legal para que o INSS dê uma resposta. Ao
todo, o órgão tem 1,9 milhão de processos acumulados, incluindo os que
ainda estão dentro do cronograma.
As novas medidas vêm depois de o
Tribunal de Contas da União (TCU) sinalizar que barraria a primeira
alternativa anunciada pelo governo há duas semanas, que era a
contratação de até 7 mil militares da reserva das Forças Armadas para
auxiliar no atendimento nas agências do INSS. Com o reforço dos
militares, a ideia era liberar servidores do órgão para reforçar a
análise dos benefícios.
O TCU e o Ministério Público junto à corte
de contas alertaram a equipe econômica de que restringir a
possibilidade de contratação aos militares criaria uma espécie de
"reserva de mercado". Marinho esteve no Tribunal para discutir
alternativas e evitar problemas com a corte num tema que desde o início
do ano tem colocado o governo sob pressão.
Mesmo com as novas
ações anunciadas hoje, a possibilidade de contratar os militares
permanece, uma vez que o governo já editou um decreto regulamentando
essa medida. Segundo ele, a expectativa é que ao todo sejam contratados
até 7 mil pessoas, entre militares e civis.
Marinho afirmou que,
dos quase 7 mil servidores do INSS que se aposentaram no ano passado,
cerca de 1,5 mil eram concessores de benefício e poderiam trabalhar na
análise dos pedidos. Não haverá convocatória, mas sim um edital de
seleção para interessados.
No caso dos militares, a lei
prevê que eles recebam um adicional de 30% sobre a remuneração, pago
pelo próprio órgão demandante INSS. A secretaria estimou inicialmente um
custo de R$ 14,5 milhões ao mês durante nove meses com a admissão dos
militares inativos - ao todo, um gasto de R$ 130,5 milhões.
(por Estadao Conteudo)
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