sábado, 1 de fevereiro de 2020

Cotado para a Casa Civil, Rogério Marinho diz que não foi convidado

BRASIL,  POLÍTICA
Rogério Marinho foi citado com possível substituto de Onyx Lorenzoni na Casa Civil da Presidência
Rogério Marinho foi citado com possível substituto de Onyx Lorenzoni na Casa Civil da Presidência      
Como viajou para o Rio de Janeiro onde foi receber uma premiação do jornal “O Globo” por  sua atuação no governo Jair Bolsonaro, o  secretário especial da Previdência e do Trabalho, Rogério Marinho, disse que desconhecia que seu nome estivesse sendo cotado para assumir o Gabinete Civil da Presidência da República. “Eu desconheço, não tenho conhecimento, estava voando e nem li”, disse ele, para um repórter.

Rogério Marinho acrescentou, diante da insistência do repórter, que “nunca fui convidado e não tenho nada a ver com isso”.

A resposta foi a um jornalista que repercutiu a notícia publicada no portal da revista “Veja”, que informou, ontem, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, articula para ele assumir como ministro chefe da Casa Civil, em substituição a Onyx Lorenzoni.

Segunda a reportagem da revista, a atuação de Rogério Marinho, durante a articulação pela aprovação da reforma da previdência, e o seu ritmo intenso de reuniões e trânsito entre parlamentares de diversas matizes ideológicas agradaram o presidente da República.

Segundo a “Veja”, como o governo está com a agenda voltada para a aprovação de reformas econômicas, tributária e administrativa, o entendimento é que precisará de alguém com trânsito no Congresso Nacional para encapar esses projetos.

De acordo com a “Veja”, o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes vem articulando junto ao Planalto, o nome de Rogério Marinho para substituir o deputado Onyz Lorenzoni, que chefia a Casa Civil desde o início do governo Bolsonaro.

Rogério Marinho passaria a ser o responsável pela articulação política do  governo, o que já faz na prática ao defender projetos do governo na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Bolsonaro tirou poderes de Lorenzoni ao transferir a secretaria do Programa de Parcerias e Investimentos, o PPI, do ministério comandado pelo deputado do Democratas para o guarda-chuva de Paulo Guedes no Ministério da Economia.

A secretaria responsável pelos estudos de viabilidade de privatizações deve ficar sob a tutela de Salim Mattar, secretário de Desestatização e Desinvestimentos do ministério — o martelo deve ser batido na segunda-feira, 3.

Parlamento
A leitura da pasta da Economia, segundo a revista, é de que Bolsonaro é amplamente influenciado por solicitações vindas da Casa Civil e de ministérios com interesses na manutenção de seus privilégios, e que, à distância, Guedes fica sobrecarregado para demover o presidente de conluios políticos. Rogério Marinho seria um nome de influência do ministério da Economia dentro do Planalto.

“Dotado de boas relações com o Parlamento, Marinho seria fundamental nas conversas pela aprovação das pautas econômicas e goza da aprovação do deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara”, destacou a Veja. “Rogério Marinho articulou uma reforma previdenciária que, segundo os cálculos do governo, garantirá uma economia de R$ 855,7 bilhões ao longo de dez anos”, acrescentou a reportagem da revista.

Ontem, ao receber o  premio “Faz a diferença”, na área de economia, Rogério Marinho disse que foi “uma honra o reconhecimento por um trabalho feito em 2019 na aprovação da nova Previdência, que contou com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, do ministro (da Economia) Paulo Guedes e de uma equipe de servidores motivados em melhorar o nosso país”.

Marinho reforçou, na ocasião da entrega do prêmio, que “o Congresso Nacional, sob a liderança de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, demonstrou ser o mais reformista da História recente, aprovando a maior reestruturação do nosso sistema previdenciário”. Ele também agradeceu aos leitores do “O Globo”, veículo que apoiou desde o início a necessidade da reforma da Previdência e se dedicou a noticiar as mudanças promovidas”.

O efeito da aprovação da reforma previdenciária repercutiu rapidamente no mercado financeiro. Em dezembro, um mês após a promulgação da emenda à Constituição, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou, de estável para positiva, a perspectiva da nota de crédito do Brasil. Na ocasião, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o país estava a caminho de voltar a receber o grau de investimento, espécie de selo de bom pagador, que ajuda a atrair recursos estrangeiros.



(Por:TN)

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