Sargento da Marinha foi preso ao ejacular em braço de mulher dentro de ônibus na BR-101, em São Gonçalo - Reprodução
Rio - A Justiça do Rio manteve preso o sargento da
Marinha preso após ejacular em uma mulher dentro de um ônibus em São
Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, nesta quarta-feira. A decisão, da
tarde de hoje, ocorreu durante audiência de custódia na Cadeia Pública
José Frederico Marques, em Benfica. O juiz Rafael Cavalcanti Cruz
converteu o flagrante em prisão preventiva a detenção do terceiro
sargento José Carlos Vidal Ferreira, de 35 anos, pelo crime de
importunação sexual.
Na decisão, o magistrado, da 5ª Vara Criminal,
justificou que a manutenção da prisão "se mostra necessária e
proporcional" diante do crime do qual ele é acusado e que fragiliza a
ordem pública.
"A ordem pública se encontra fragilizada, de modo que
resta indiciada uma incapacidade do custodiado reger-se de acordo com
as regras de civilidade e sociabilidade, oferecendo, assim, a liberdade
do custodiado, ofensa à ordem pública, assim considerado o sentimento de
segurança, prometido constitucionalmente, como garantia dos demais
direitos dos cidadãos", disse o juiz.
Sargento cedeu lugar para assediar a vítima
A vítima Priscila Trindade Alcântara, 32 anos, contou ao DIA
que seguia para o trabalho quando entrou no ônibus lotado e o José
Carlos, de 35 anos, estava sentado e cedeu o lugar para ela. A servidora pública disse que ele ficou em pé do seu lado e percebeu que ele estava com o pênis ereto encostando nela.
Ela pegou o celular para filmar e o militar se
afastou, revelando a calça já ejaculada. A vítima gritou por socorro e
contou com a ajuda de passageiros, que contiveram o assediador e
chamaram policiais militares baseados na rodovia BR-101, em Neves, que o
prenderam.
"Isso acontece diariamente, infelizmente, me senti
muito mal, não tem como ficar bem. Mas não vou me calar, porque isso é
inadmissível. Meu corpo não é público, não é objeto sexual. As mulheres
não devem se calar, não podem tolerar isso. Espero por justiça, que ele
pague por isso. Que outras vítimas o reconheçam e denunciem", disse
Priscila.
(Por:Adriano Araújo/O Dia)
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