Brazilian retired football player Ronaldinho leaves Asuncion's Prosecution after declaring about his irregular entry to the country, in Asuncion, Paraguay, on March 5, 2020. - Former Brazilian football star Ronaldinho and his brother have been detained in Paraguay after allegedly using fake passports to enter the South American country, authorities said Wednesday. (Photo by NORBERTO DUARTE / AFP) - NORBERTO DUARTE / AFP
Os ex-jogadores Ronaldinho Gaúcho e Assis não serão
responsabilizados pelo Ministério Público do Paraguai no caso de
falsificação de documentos no país. A informação foi divulgada em
entrevista coletiva concedida pelo promotor Federico Delfino na noite
desta quinta-feira. Os dois reconheceram o erro e, com isso, ficaram
livres do processo. O MP considerou que ambos "foram enganados em sua
boa fé" e informou em nota que o empresário Wilmondes Sousa Lira — que
já teve sua prisão preventiva decretada — e as duas mulheres que já
foram detidas na tarde de hoje serão responsabilizados pelo crime.
"O senhor Ronaldo Assis Moreira, mais conhecido como Ronaldinho, aportou vários dados relevantes para a investigação e atendendo a isso, foram beneficiados com uma saída processual que estará a cargo do Juizado Penal de Garantias”, afirmou.
De acordo com informações da imprensa local, R10 e Assis são aguardados no Juizado nesta próxima sexta-feira — a dupla receberia uma pena social. Outras pessoas e funcionários públicos também estão no alvo da investigação. O caso provocou várias trocas de acusações entre autoridades do país e a renúncia do diretor de Imigração do Paraguai, Alexis Penayo.
Os passaportes e cédulas de identidade paraguaios do ex-jogador e de Assis foram expedidos ao nome de María e Esperanza e depois adulterados para possuírem os dados de Ronaldinho e o irmão. Ambas foram detidas e compareceram à sede da Promotoria contra o Crime Organizado na noite desta quinta, mas permaneceram em silêncio no depoimento, assim como Wilmondes.
O que aconteceu?
R10 e seu irmão chegaram ao Paraguai na na manhã da última quarta-feira para participarem de evento da ONG Fundação Fraternidade Angelical. Os documentos dos dois brasileiros levantaram as suspeitas das autoridades locais, que passaram a monitorá-los por uso de documentos falsos. À noite, já hospedados em um hotel, membros do Ministério do Interior e do MP locais realizaram buscas em seus quartos.
De acordo com o MP, passaportes, carteiras de identidade e telefones dos brasileiros foram apreendidos no Yacht y Golf Club.
(Por O Dia)
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