Bloco das Carmelitas, em Santa Teresa - Estefan Radovicz / Agencia O Dia
Rio - O Carnaval de Rua do Rio em 2021 está ameaçado por conta da pandemia e pode não acontecer. As ligas de blocos Sebastiana, Amigos do Zé Pereira, Carnafolia, Liga João Nogueira, Sambare e Coreto, e de grandes blocos como Bola Preta, Bloco da Anitta, Fervo da Ludmila e Monobloco afirmaram que só irão colocar o bloco na rua caso uma vacina contra o coronavírus seja descoberta até lá. As informações foram divulgadas pela colunista Rita Fernandes, da Veja Rio.
“Se não surgir [a vacina], não tem conversa, o Bola
não sai. Seria muita irresponsabilidade”, declarou o presidente do
tradicional Cordão da Bola Preta, Pedro Ernesto, à publicação. Ainda de
acordo com Pedro, eles cogitam em desfilar em outra data fora do
Carnaval.
Entre setembro e outubro, período em que se espera
ter uma panorama mais definido, as lideranças irão se reunir para
conversar e bater o martelo.
Já a Riotur, órgão responsável pela organização e
infraestrutura do carnaval, informou que estão acompanhando a evolução
do controle da pandemia, mas que ainda não é possível falar em definição
sobre o Carnaval de 2021.
"Vale lembrar ainda que o carnaval é um feriado
nacional e envolve outras esferas, e não apenas a municipal, e, no
carnaval de rua, envolve também as ligas representantes dos blocos. Além
disso, a discussão sobre esse assunto também deve estar de acordo com o
Protocolo de Intenções, assinado entre a Riotur, o Ministério Público e
diversos outros órgãos públicos, afim de ordenar e melhorar o
planejamento do carnaval de rua da cidade. Trata-se, portanto, de uma
questão muito ampla, com vários atores envolvidos. Uma decisão sobre
este assunto, claro, deve ser tomada em conjunto, sempre baseada em
estudos científicos que garantam a segurança de todos. Este cenário,
ainda inconclusivo quanto ao futuro desta pandemia, dificulta
previsões”, disse o órgão em nota.
Essa não é a primeira vez que o Rio enfrenta esse
tipo de impasse. Em 1918, a cidade passou por uma pandemia de Gripe
Espanhola, que vitimou mais de 15 mil pessoas. Após superar a doença, a cidade registrou uma dos seus maiores carnavais no ano seguinte, 1919.
(Por
O Dia)
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