terça-feira, 7 de julho de 2020

UPAs e hospitais de Natal registram queda de atendimentos por covid-19. Infectologista do Comitê Científico diz que uso da Ivermectina pode ser um dos fatores responsáveis pela diminuição do fluxo nas unidades de saúde.

NOVO CORONAVÍRUS
 
 Imagem registrada pelo médico Daniel Queiroz mostra a sala covid da UPA Pajuçara, em Natal, sem pacientes no domingo.

Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e hospitais públicos e privados de Natal começaram a registrar uma diminuição nos atendimentos de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Durante o final de semana, um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) compartilhou em seu perfil numa rede social uma imagem de leitos da UPA Pajuçara sem pacientes. No texto, ele dizia que a realidade há 10 dias era de lotação e com pacientes em estado gravíssimo. Ele disse também que “a guerra não foi vencida”, mas que “esse cenário nos chega como um forte sinal de que a luz no fim do túnel está mais intensa e próxima”.

Ontem (5), o diretor técnico da Unimed Natal, Fábio Macêdo e o superintendente de Recursos Próprios, Émerson Oliveira, estiveram visitando hospitais, bem como o Centro de Referência Covid-19, aberto nos fins de semana para prestar assistência especializada aos conveniados do plano durante a pandemia e divulgaram um vídeo em uma rede social, falando sobre a tendência de queda na quantidade de casos de covid-19 em Natal. “O número de atendimentos está estável em relação às últimas semanas. Há uma tendência de melhora, mas ainda não é hora de relaxar”, afirmaram.

Pesquisadores da UFRN também divulgaram há cerca de uma semana um estudo que mostra a diminuição nas demandas por solicitações de regulação que partem das UPAs no RN, o que deve refletir na diminuição nos internamentos e demandas por leitos de UTI e UCI nos próximos dias.

Para o médico infectologista integrante do comitê científico municipal, Fernando Suassuna, essa queda nos atendimentos pode estar relacionada, entre outros aspectos, a uma maior utilização do antiparasitário Ivermectina pela população, apesar de não haver uma comprovação científica a esse respeito.

Desde que começaram a ser divulgados estudos que mostram a capacidade da droga em reduzir a replicação de RNA viral do SARS-CoV-2, ao se ligar a proteínas de transporte celular e impedir a entrada do vírus no núcleo da célula, houve uma corrida às farmácias da capital. O fármaco chegou inclusive a faltar no mercado local.

Recentemente, a Prefeitura do Natal, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), passou a fornecer o medicamento à população nas Unidades Básicas de Saúde e no centro de atendimento para enfrentamento da covid-19, em funcionamento no Estádio Nélio Dias, na zona norte da capital.

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) defende a possibilidade de o médico optar pelo uso da Ivermectina para o tratamento de pacientes com a covid-19. O presdente do Cremern, Marcos Lima de Freitas, em entrevista ao Nominuto.com, no dia 9 de junho, afirmou também que a ideia é que o médico comece a atender o paciente desde o primeiro momento, com o aparecimento dos sintomas característicos da doença. “Essa é a conduta mais adequada, principalmente quando se fala de pacientes que estão no grupo de risco – idosos, bem como os que apresentam comorbidades – que podem desenvolver a forma grave da doença. Eles precisam ser monitorados desde o início”, disse.


(Por:Fátima Elena Albuquerque/Nominuto.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário