terça-feira, 25 de agosto de 2020

Governo do RN faz reversão de leitos covid-19 para tratar outras doenças. Governadora Fátima Bezerra disse que investimentos viram legado para a rede pública de Saúde.

 SAÚDE,  RN

Governadora Fátima ponderou que irá manter leitos de retarguarda para covid-19: "é sempre preciso lembrar que a pandemia não foi embora". 

O Governo do Estado e a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) seguem com o plano de reversão dos leitos para tratamento da Covid-19 em leitos voltados a outras patologias. O processo se dá acompanhando a diminuição sustentada de casos e óbitos relacionados ao novo coronavírus no Rio Grande do Norte.

Após realizar a reversão de 20 leitos de UTI no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, o plano segue agora no Hospital Central Coronel Pedro Germano, o Hospital da PM, localizado na capital do estado.

Durante a coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (24), a governadora Fátima Bezerra destacou que o processo de reversão dos leitos aponta para um legado dos investimentos feitos na rede pública de saúde, com a abertura de mais de 300 leitos de UTI desde março.

"Primeiro, é preciso destacar o grande papel cumprido pelos profissionais do Tarcísio Maia no enfrentamento à Covid-19 em um dos epicentros da doença no estado. Agora, os investimentos que foram feitos para a instalação dos leitos, que estavam judicializados desde 2012 sem serem abertos, ficarão como legado para atender toda a região. Foi uma escolha da nossa gestão aplicar os recursos na rede SUS, diferente de um hospital de campanha que seria desmobilizado agora", afirmou a governadora.

A chefe do Executivo estadual ainda pontuou que o esforço de mobilização do Governo durante a pandemia colocou o RN com a terceira maior taxa de disponibilidade de leitos de UTI por habitantes no Brasil. "Temos todo um trabalho feito que permite esse processo de reversão. Porém, é sempre preciso lembrar que a pandemia não foi embora, por isso estamos mantendo leitos de retaguarda", concluiu Fátima Bezerra. 

Dados

De acordo com o levantamento de dados feitos pela Sesap às 11h, duas regiões - Potengi e Agreste - não registravam nenhum paciente internado em leitos de UTI. A coordenadora de programas estratégicos e regionais da Sesap, Tereza Freire, explicou que os números são resultados das políticas conduzidas pela pasta. "As políticas preventivas e integradas no RN seguem mostrando resultado do trabalho, reforçando a necessidade de parcerias com municípios e entidades", disse a coordenadora.

A média geral de ocupação das UTIs na manhã desta segunda-feira era de 49%, sendo 40,7% na Região Metropolitana, 20% no Mato Grande, 54% no Seridó, 70% no Alto Oeste e 78% no Oeste.

A regulação da Sesap registrava no último levantamento duas pessoas aguardando leitos críticos, outras 11 na espera por leitos clínicos e nove pacientes na fila do transporte sanitário.

O total de internados com casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 no RN é de 315 pessoas, somando as redes pública e privada, sendo 141 em UTIs ou UCIs e 174 em leitos clínicos.

O estado conta com 59.649 casos confirmados, 24.007 suspeitos e 105.304 descartados. Os óbitos por Covid-19 chegaram a 2.173, sendo três deles nas últimas 24h. Ainda aguardam resultados 235 casos de óbitos suspeitos.

Resíduos sólidos

O coordenador de meio ambiente e saneamento da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Robson Henrique, participou da coletiva para apresentar o plano do órgão na cooperação no combate à pandemia.

O programa "Lixo e Covid" visa orientar a população, em conjunto com as gestões municipais, sobre os cuidados com o manuseio de resíduos sólidos durante este período. "Estamos construindo um trabalho desde junho. O objetivo é evitar que o lixo seja um vetor de transmissão do vírus, com a produção de um material de orientação para os municípios, com foco nos menores, que possuem menos estrutura", completou o coordenador.

A Semarh colocou à disposição uma equipe para criar junto aos municípios de planos de contingência para gestão de resíduos sólidos. "A ideia é que isso fique como legado para a população e reforce a necessidade de uma boa gestão na área, ainda mais agora que a pandemia ainda não passou", concluiu Robson.


(Por:Nominuto.com)

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