JOÃO DE DEUS
Circulam nas redes sociais postagens afirmando que João de Deus, médium condenado por crimes sexuais em 2019, teria afirmado que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pediam dinheiro e encontros com garotas em lugares secretos. Segundo a informação que circula, nas redes sociais, esta seria uma “denúncia grave” que precisa ser compartilhada.
“JOÃO DE DEUS AFIRMA QUE MINISTROS DO STF NÃO SAIAM DA CASA DOM INÁCIO DE LOYOLA EM ABADIÂNIA, PEDIAM DINHEIRO E ENCONTROS COM GAROTAS EM LUGARES SECRETOS.” – Trecho do texto que circula nas redes sociais. (Fonte: Reprodução)
Essa informação é falsa. Não é verdade que Joao de Deus afirmou que ministros do STF pediam dinheiro e encontros com garotas em lugares secretos. Segundo o advogado de João de Deus, Anderson Van Gualberto de Mendonça, seu cliente não fez tal declaração. O Supremo Tribunal Federal também se pronunciou a respeito do assunto, confirmando que a informação é falsa.
O advogado afirma que “causam náuseas perder tempo com mensagens de gosto tão duvidoso”. E ainda ressalta: “Como se trata de ofensas graves contra o meu cliente e contra ministros do STF, protocolamos uma notícia crime junto à Polícia Federal, à Polícia Civil do Estado de Goiás e diretamente no STF nos autos do inquérito nº 4781 (Fake News). Inclusive pediremos a prisão destas pessoas e de outras que procederam com a divulgação de forma maliciosa e dolosa.”
O boato se apoia no fato de, pelo menos dois ministros do Supremo, Gilmar Mendes e Luiz Fux, terem se declarados impedidos de julgar pedidos relacionados ao caso do médium, já que isso poderia lançar suspeitas sobre eles. Porém, essa declaração de impedimento dos políticos sempre foi pública e não envolve nenhuma denuncia de João de Deus.
É conhecido que Gilmar Mendes, assim como muitas outras pessoas públicas, se consultou com o médium mais de uma vez em Abadiânia e, por esse motivo, alegou “foro íntimo” para que não julgasse nada relacionado ao médium.
O um médium, empresário e escritor brasileiro, Joao de Deus, aos 78 anos foi condenado a uma pena de quase 60 anos por crimes sexuais e posse ilegal de arma. No momento, ele cumpre prisão domiciliar, devido ao risco de contrair a Covid-19.
Conteúdo de fact-checking do Pipeify.
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