quinta-feira, 27 de agosto de 2020

PF confisca mais de R$ 55 milhões em bens do tráfico; veja foto. Megaoperação mirou quatro grupos diferentes que operacionalizam o comércio internacional de cocaína trazida do Paraguai e enviada para Europa e África

POLÍCIA FEDERAL

Helicópteros apreendidos pela Polícia Federal Divulgação/Polícia Federal

 A Polícia Federal de Pernambuco ainda está contabilizando todos os bens apreendidos do crime organizado durante a megaoperação Além-Mar, deflagrada há uma semana. Por enquanto, o que foi levantado até esta quarta-feira, dia 26, já rendeu mais de 55 milhões de reais entre quatro aeronaves, quatro helicópteros, quatro embarcações, duas motos aquáticas e mais de 130 veículos, entre caminhões e carros (confira galeria abaixo).

Das contas bancária dos alvos, a Justiça já bloqueou mais de 5 milhões de reais e, em dinheiro vivo, foi encontrado uma soma de 416.000 reais. O Judiciário também deferiu o sequestro de 35 imóveis, cujo valor ainda não foi calculado.

A operação, iniciada em 2018, mirou quatro organizações criminosas diferentes que atuam no tráfico internacional de cocaína. Os bens foram confiscados em mais de treze estados. As investigações descobriram que, nos últimos anos, as quadrilhas passaram a utilizar com mais frequência helicópteros e veleiros para o transporte da drogas no lugar de aviões e navios de carga, que são mais sujeitos à fiscalização.

A megaoperação atingiu quatro núcleos que cuidavam de toda a “cadeia de produção” do esquema criminoso. Havia um grupo sediado em São Paulo, que operacionalizada a “importação” da droga do Paraguai pela fronteira por meio de aviões e helicópteros. Outro, estabelecido em Campinas (SP), era responsável por armazenar a droga em fazendas. Outro, em Recife, formado por empresários do setor de logística, fazia o transporte dos produtos ilícitos a portos do Nordeste, de onde  partiam para os continentes europeu e africano. E havia ainda outro, na região comercial do Brás e 25 de Março, na cidade de São Paulo, que disponibilizava contas bancárias em nome de laranjas para a movimentação milionária do dinheiro.


(Por Eduardo Gonçalves/Veja.com.br)

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