POST NAS REDES
Rio - A deputada federal Flordelis, 56 anos, afirmou nesta terça-feira
que tem sido atacada e não tem chances de defesa. "Estou sendo
condenada, sem nem ter direito a julgamento", escreveu ela em postagem
no Facebook. Ela vai responder na Justiça como a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, 42, em junho do ano passado.
Além de ser apontada como a responsável pelo crime, a parlamentar e a
família foram alvos de uma operação do Ministério Público estadual
(MPRJ) e a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí
(DHNSGI) no mês de agosto.
Seis familiares da deputada foram presos e 14 mandados de busca e
apreensão sobre a morte do líder religioso foram cumpridos na casa da
parlamentar, em Niterói, e em outros endereços ligados à ela, em São
Gonçalo, na capital, e até mesmo Brasília. Também houve apreensão de
celulares e computadores.
Na postagem na rede social, a pastora ainda afirmou
que não irá se "esconder" e que não mandou matar o marido. Flordelis
também afirmou que é "serva de Deus".
"Eu não tenho o que esconder, eu não mandei matar o
meu marido. Se alguém perdeu com a morte dele, fui eu, ele era tudo pra
mim, meu companheiro que me ajudava e me guiava, inclusive em todos os
aspectos práticos da vida. Olhem para a minha trajetória até agora, não
há nada do que possam me acusar, sempre fui uma serva de Deus, vivendo o
caminho que Ele traçou para mim", escreveu ela.
Ainda segundo a parlamentar, a "verdade irá prevalecer".
O CRIME
O pastor Anderson do Carmo morreu na madrugada do dia
16 de junho do ano passado, quando havia acabado de chegar com a
esposa, em Pendotiba. Ele foi alvo de vários tiros, na garagem da
residência. O laudo da necrópsia apontou que o corpo do líder religioso
tinha 30 perfurações de bala.
Na ocasião, Flordelis afirmou que o marido tinha sido morto durante um assalto. Ela disse que os dois estavam sendo seguidos por suspeitos em uma moto quando voltavam para casa.
Dois filhos do casal, Flávio dos Santos Rodrigues,
38, filho biológico da deputada, e Lucas Cézar dos Santos de Souza, 18,
adotado por ambos, vão ser julgados como executores do crime. Eles estão presos desde a época do assassinato.
"Flordelis é responsabilizada por arquitetar o
homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a
participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A
deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima
no local em que foi executada, segundo a denúncia", afirma o MPRJ.
(Por
O Dia)
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