LUTO NA MÚSICA
Gerson King Combo - Reprodução Facebook
Rio - O pioneiro e ícone do funk e do soul
brasileiro, Gerson King Combo, faleceu na noite de terça-feira, no Rio
de Janeiro, aos 76 anos. Segundo um comunicado oficial feito por sua
equipe nas redes, Gerson Rodrigues Côrtes morreu em decorrência de
infecção generalizada e de complicações da diabetes.
Nascido em Madureira, Gerson começou a carreira no
início dos anos 60 e ficou rapidamente conhecido como o "James Brown
brasileiro". Após estourar na cena dos bailes black do Rio de Janeiro,
ele gravou seus álbuns mais conhecidos, Gerson King Combo e Gerson King
Combo - Volume II, em 1977 e 1978, respectivamente.
No último sábado, ele participaria do Caxias Music
Festival, online. Mas ele começou a passar mal, com a glicose alta, e
não pode se apresentar. No dia seguinte, foi levado às pressas para o
Hospital Getúlio Vargas, na Penha, e depois liberado. No dia seguinte,
foi internado na Unidade de Saúde do Irajá, onde teve uma parada
cardíaca e, posteriormente, deixou órfão o mundo da black music.
A última apresentação ao vivo de Gerson foi em
fevereiro deste ano, no teatro Rival. O guitarrista Heitor Nascimento,
da banda que acompanhava o artista, a Super Groove, relembra a
importância dele no cenário musical, sendo reconhecido, incluísse, no
exterior.
"Ele foi um grande amigo, um tutor dentro da black
music, um dos introdutores do rap. Eu o conhecia há 20 anos, fizemos
várias turnês, participamos de festivais. Ele influenciou muita gente,
inclusive já recebeu homenagem em letras de Marcelo D2, Fernando Abreu, é
citado em livros sobre o tema e em documentários. Ele era amigo do
cantor Afrika Bambaataa, padrinho do hip hop americano, e reconhecido
por músicos como Stevie Wonder e Michael Jackson. Ele também conviveu
com o pessoal da Jovem Guarda: o Roberto Carlos é padrinho do seu filho e
seu irmão, Getúlio Côrtes, foi quem compôs o sucesso 'Negro Gato'",
relembra Heitor.
(Por
O Dia)
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