INVESTIGAÇÃO

Pastor Everaldo - divulgação
Rio - A denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) responsável pelo afastamento de Wilson Witzel e pela prisão do presidente do Partido Social Cristão (PSC), Pastor Everaldo, concluiu que o pastor era o "proprietário" do governo do Rio.
O pastor Everaldo seria o responsável por operar a máquina do governo com indicações de seus afilhados políticos para cargos em órgãos estratégicos do estado. Segundo a procuradora Lindôra Araújo, Everaldo gerenciava as contratações e o orçamento da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e da Secretaria da Saúde.
Everaldo está preso desde o dia 28 de agosto e
é acusado por formar organização criminosa, mesma denúncia que recai
sob Wilson Witzel. A defesa do pastor e de Witzel dizem que não há
provas da existência de um grupo criminoso.
O esquema, segundo a Procuradoria, repete o que havia sido feito nas gestões anteriores de Sérgio Cabral (MDB) e Luiz Fernando Pezão (MDB), presos da Lava Jato. Witzel seria "o novo rosto" do grupo e teria contado com apoio de Pastor Everaldo, um "veterano da corrupção", segundo a PGR, antes mesmo da eleição.
Cada organização pagava ao grupo um porcentual que variava de 3% a 6% do valor dos contratos firmados com o governo Witzel. A propina iria para uma "caixinha", que era redistribuída ao governador (20%), Pastor Everaldo (20%), aos operadores Edson Torres (15%) e Victor Hugo (15%), e ao então secretário de Saúde, Edmar Santos (30%), hoje delator.
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