INVESTIGAÇÃO
- Marcos Corrêa / Presidência da RepúblicaA Polícia Federal enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF),
nesta quarta-feira, pedindo uma nova prorrogação, por 30 dias, do
inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou
interferir politicamente na corporação.
A investigação foi aberta
no final de abril a partir de informações apresentadas pelo ex-ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que deixou o governo
acusando o presidente de substituir nomeados em cargos estratégicos da
PF para blindar familiares e aliados de investigações. Bolsonaro nega as
acusações.
O decano Celso de Mello, que conduz o inquérito e
precisa dar aval à extensão dos trabalhos, segue de licença médica. Ele
também precisa decidir sobre o depoimento de Bolsonaro. O pedido para
ouvir o presidente é uma das últimas medidas que ainda faltam ser
cumpridas na investigação e partiu da delegada Christiane Correa
Machado, que lidera o caso. Em ofício ao Supremo, ela afirmou que as
investigações 'se encontram em estágio avançado, razão pela qual nos
próximos dias torna-se necessária a oitiva' do presidente.
Em junho, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu que Bolsonaro possa escolher a forma como prefere depor.
Até
o momento, o próprio Sérgio Moro, ministros palacianos, delegados e
superintendentes da Polícia Federal e a deputada federal Carla Zambelli
(PSL-SP) foram ouvidos no processo.
A investigação pode levar à
apresentação de uma denúncia contra o presidente da República e,
consequentemente, seu potencial afastamento do cargo caso o Congresso dê
aval ao prosseguimento da acusação.
(Por:Estadão Conteúdo)
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