segunda-feira, 19 de julho de 2021

Bolsonaro deixa hospital em SP e seguirá em tratamento ambulatorial. Presidente foi internado na 4ª feira com quadro de obstrução intestinal.

 PRESIDENTE

 Antes de seguir para o aeroporto de Congonhas, Bolsonaro conversou com a imprensa, e voltou a criticar medidas de isolamento contra a covid-19.

 O presidente Jair Bolsonaro recebeu alta médica neste domingo (18), no quinto dia de internação. Ele tratava um quadro de obstrução intestinal no Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, e vinha apresentando melhora gradativa desde a última quinta-feira. Ainda de acordo com a nota divulgada pela assessoria, Bolsonaro seguirá com acompanhamento ambulatorial da equipe médica assistente.

O presidente saiu pela porta da frente do hospital, pouco antes das 10h. Antes de seguir para o aeroporto de Congonhas, o presidente conversou por meia-hora com a imprensa, e voltou a criticar medidas de isolamento contra a covid-19, citando um novo medicamento que, segundo ele, pode ser um novo tipo de tratamento para a doença, além de voltar a defender o voto impresso.

Bolsonaro deixou o hospital pouco antes das 10h e parou para falar com a imprensa. "Comecei a passar mal depois de uma cirurgia de implante. E realmente é complicado saber a origem disso. Alguns dias depois agravou a crise de soluço, e parecia que estava pegando fogo o estômago. A causa disso era uma obstrução intestinal, porque a aderência é comum em quem já sofreu cirurgia, como eu sofri, após a facada do ex-psolista Adélio lá em Juiz de Fora", disse.

"Tive que me submeter a uma dieta, fiz o que tinha que ser feito. Queria ir embora desde o primeiro dia, mas não me deixaram ir embora. Espero daqui a uns 10 dias estar comendo aí um churrasquinho de costela."

O médico-cirurgião Antonio Luiz Macedo, que acompanha o presidente desde 2018, quando foi vítima de um ataque a faca, já havia adiantado a previsão da alta na tarde de ontem, ao chegar no hospital. "O sistema digestivo de Bolsonaro está funcionando, já há passagem de alimentos, e está sem obstruções", informou.

Bolsonaro foi internado na última quarta-feira (14), após sentir fortes dores na região do abdômen. Ele também se queixava de crises de soluço há pelo menos dez dias. De acordo com diagnóstico médico, ele sofreu uma obstrução no tubo digestivo por causa de dobra do intestino, o que impedia a passagem adequada de alimentos.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o médico-cirurgião explicou que o quadro é "potencialmente grave", mas que a situação de Bolsonaro foi controlada rapidamente. O presidente foi transferido de Brasília para São Paulo para que o médico pudesse acompanhá-lo de perto, além da maior oferta de recursos para o tratamento. Uma nova cirurgia, porém, foi logo descartada pela equipe. "Novas cirurgias abririam espaço para novas obstruções", afirmou Macedo.

O processo de recuperação do presidente, no entanto, deve avançar cuidadosamente nos próximos dias. A equipe médica ainda irá definir a progressão da alimentação do presidente: a dieta deve passar de cremosa (consumida com colher) para pastosa (consumida com garfo), sem incluir alimentos fermentativos, que formam gases.

Uma sonda neogástrica foi utilizada no presidente para levar alimentos e hidratação diretamente ao estômago. Ela foi retirada na quinta-feira, e desde então a alimentação via oral tem sido reintroduzida na rotina de Bolsonaro.

Macedo afirmou também que outras recomendações a Bolsonaro incluam mastigar bem a comida, fazer refeições leves e praticar exercícios regularmente, como caminhadas.

Também segundo o médico, a depender da avaliação da equipe, Bolsonaro estaria apto para voltar ao trabalho amanhã.

 

(Por:Estadão Conteúdo)

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