Lucas Paquetá e Neymar se cumprimentam após vitória da seleção brasileira contra o Peru nesta segunda-feira, no Engenhão.
O Brasil está, pela segunda vez consecutiva, na final da Copa América.
Diferentemente de 2019, quando havia certa empolgação com a seleção,
agora Tite e seus comandados chegam à decisão de um torneio que não
queriam disputar, em meio a uma pandemia que já matou mais de 525 mil
brasileiros. A classificação para a final veio após vitória por 1 a 0
sobre o Peru, nesta segunda-feira, no Engenhão.
A decisão será
sábado, novamente no Rio, só que no Maracanã. O Brasil vai enfrentar o
vencedor da outra semifinal, que será disputada hoje, em Brasília, entre
Argentina e Colômbia. Neymar já disse que prefere os argentinos na
decisão.
A final entre o país que aceitou receber a competição de
última hora contra um dos dois que negaram o torneio (a Colômbia por
causa de uma crise social e a Argentina devido ao avanço da pandemia.
A
seleção buscará o seu décimo título continental – o segundo seguido.
Essa é a sexta vez que o País sedia a Copa América e em todas as edições
anteriores o Brasil foi campeão.
Apesar da insatisfação pública
dos jogadores e da comissão técnica com a Copa América, a seleção
brasileira chega à final invicta, com uma campanha de destaque. Em seis
jogos, foram cinco vitórias e um empate. Foram raros os momentos em que o
Brasil passou algum aperto ao longo da competição, tanto na primeira
fase como a partir das quartas de final.
Nesta segunda-feira, por
exemplo, muito da vitória do Brasil foi conquistada graças à boa
conexão entre Neymar e Lucas Paquetá. Assim como já havia ocorrido nas
quartas de final diante do Chile, o gol saiu de uma boa troca de passes
entre os dois. Paquetá, inclusive, soube aproveitar muito bem a
oportunidade dada por Tite, que o escalou entre os titulares na vaga de
Gabriel Jesus, suspenso. O Brasil dominou o começo do jogo, abriu
espaços no meio da defesa peruana e pressionou muito o adversário. O
goleiro Ederson, por exemplo, foi mero espectador durante praticamente
todo o primeiro tempo.
Depois de várias tentativas, o gol do
Brasil saiu aos 34 minutos do primeiro tempo. Após vacilo na saída de
bola do Peru, Neymar invadiu a área, deu uma caneta em Callens e tocou
para Paquetá, de primeira, estufar a rede com estilo.
No segundo
tempo, o Brasil acabou relaxando a marcação e, com isso, deu campo de
jogo para o Peru. Visivelmente cansada, a seleção brasileira diminuiu a
intensidade e o jogo caiu de qualidade. O Peru rondava a área de
Ederson, mas tinha dificuldades para criar. O Brasil apostava
principalmente nas bolas lançadas para Neymar, na tentativa de pegar a
defesa peruana desprotegida. Foi então que o Peru começou a fazer um
rodízio de faltas no craque brasileiro. Bastava Neymar encostar na bola
para que um defensor chegasse junto com força para derrubá-lo.
Neymar,
no entanto, estava sobrecarregado por Everton Cebolinha pouco
participava do jogo. O ex-gremista mal encostava na bola e era apenas um
figurante em campo. Tite mexeu no time e tirou o atacante para a
entrada de Everton Ribeiro, aos 24 minutos. Além de renovar a força
ofensiva da equipe, a mudança também alterou a maneira de a seleção
jogar. Com Everton Ribeiro em campo, o Brasil teria mais posse de bola,
na tentativa de segurar as investidas do Peru. Até certo ponto, a
estratégia deu certo. Mas, nos minutos finais, o time passou a jogar sem
organização e os peruanos fizeram ainda mais faltas. O Brasil, no
entanto, soube se segurar até o apito final.
Lucas Paquetá, no
entanto, preocupa para a grande decisão. O jogador recebeu uma falta
dura e, machucado, precisou ser substituído.
Ficha técnica
Peru 0x1 Brasil
Brasil:
Ederson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi (Militão);
Casemiro, Fred (Fabinho) e Lucas Paquetá (Douglas Luiz); Everton (E.
Ribeiro), Richarlison (Vini Jr.) e Neymar. Técnico: Tite.
Peru:
Gallese; Corzo (Lora), Santamaría, C. Ramos (R. García), Callens e
Trauco (M. López); Tapia (Távara), Yotún, Peña e Cueva; Lapadula.
Técnico: Ricardo Gareca.
Árbitro: Roberto Tobar (CHI).
Cartões: Vini Jr., Marcos López e Yotún.
Local: Engenhão.
Gol: Lucas Paquetá, aos 34 do 1º T
(Por:Estadão Conteúdo)
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