BRASIL, POLÍTICA
Nessa quinta-feira (01), o Circo do Senado nos proporcionou uma sessão que mais pareceu um episódio da Turma do Didi ou d’Os Trapalhões. Isso por que Luiz Paulo Dominguetti Pereira, o depoente do dia (ele é cabo da Polícia Militar, e diz trabalhar para uma empresa médica, chamada Davati), incriminou gravemente o deputado Luís Miranda.
Dominguetti foi convocado para o Senado após acusar um funcionário do Ministério da Saúde de pedir propina. No entanto, no momento mais grave da sessão, Dominguetti colocou no microfone um áudio de dois minutos, em que Luís Miranda negocia algum produto que não ficou claro qual é, mas o depoente disse que foram de imunizantes.
“O Christiano (Alberto Carvalho, representante da Davati) me relatava que volta e meia tinha parlamentares, não sei quem, o procurando, e quem mais o incomodava era o deputado Luís Miranda, o mais insistente com a compra”, polemizou Dominguetti.
Miranda, que estava presente na sessão, ficou indignado com a acusação, e disse que o áudio se referia a venda de luvas de sua empresa nos Estados Unidos. Durante todo esse circo, o deputado foi falar no pé do ouvido do senador Omar Aziz, e chegou a pedir a prisão de Dominguetti. Com essa reviravolta, Aziz afirmou, de forma bizarra, que Dominguetti foi plantado ”pelo governo Bolsonaro” para ”tirar o foco”.
Também nas últimas horas, o Partido Trabalhista Brasileiro ingressou com um pedido de cassação do mandato de Luís Miranda no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em reação a isso, Miranda reagiu com um novo ataque de fúria, repetindo, pela milésima vez, que ”mostraria provas contra Bolsonaro”: “Se de fato [a representação contra ele no Conselho de Ética] for pra frente, na primeira sessão [do Conselho], as provas que o Brasil inteiro quer que eu apresente serão entregues na sessão e, me desculpe, mas 2022 vai ser bem diferente. Só isso que eu tenho pra dizer”.
(Por:News Atual)
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